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Escassez de talentos nos EUA impulsiona demanda por profissionais brasileiros qualificados

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Estimativa do governo norte-americano aponta mais de 8 milhões de novas vagas até 2031

Com mais de 8,3 milhões de novas vagas previstas até 2031, segundo o Bureau of Labor Statistics (BLS), os Estados Unidos enfrentam um dos maiores déficits de mão de obra da história recente.

A combinação entre envelhecimento populacional, baixa natalidade e crescimento acelerado em setores como saúde, tecnologia e engenharia tem levado o país a ampliar mecanismos de atração de profissionais estrangeiros e os brasileiros estão cada vez mais presentes nesse radar. “O profissional brasileiro chama atenção por sua capacidade de adaptação, pela base técnica sólida e por, muitas vezes, já ter atuado em ambientes multiculturais. Esses atributos têm sido valorizados nos processos migratórios americanos”, explica Diego Sales, especialista em migração e fundador do escritório de advocacia Visa Finder Law Firm.

Dados do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) indicam que, entre 2020 e 2023, o número de solicitações de vistos EB-2 com National Interest Waiver (NIW) – visto destinado aos profissionais com bacharelado e mais de 5 anos de experiência em sua área, cresceu 48%. Esse crescimento revela uma mudança de mentalidade: se antes o foco estava em intercâmbios ou experiências temporárias, hoje a busca gira em torno de estabilidade, plano de carreira e oportunidades de curto e longo prazo.

Foi o caso de Leonardo Migussi. Com uma trajetória consolidada na formação de atletas de alto desempenho no Jiu Jitsu, ele conseguiu a aprovação no visto temporário de trabalho com permanência de até 3 anos, O VISTO O-1A em menos de 60 dias. “O processo exige preparo e estratégia. Tive apoio técnico para organizar a documentação e apresentar minha história de forma consistente. Sozinho, dificilmente teria chegado lá. E o próximo passo agora é pedir o EB-2 NIW”, conta.

Profissões em alta
Os setores com maior escassez de profissionais incluem saúde, engenharia, tecnologia da informação e educação, áreas que, de acordo com o BLS, devem crescer entre 13% e 45% até o fim da década. Nesse cenário, não basta apenas apresentar diplomas, o mercado valoriza trajetória prática, resultados mensuráveis e evidências de impacto: pesquisas publicadas, projetos liderados, premiações ou reconhecimento profissional. Segundo Sales, a forma como a candidatura é apresentada pode ser determinante. “Não se trata apenas de reunir documentos. É necessário construir uma narrativa estratégica, com comprovação sólida e foco nos diferenciais. Muitos profissionais altamente qualificados perdem a chance por falhas de posicionamento”, alerta.

Entre o futuro profissional e o desejo de pertencimento
Mais do que uma mudança de país, o movimento migratório atual envolve uma reconfiguração de expectativas. A busca por qualidade de vida, segurança e reconhecimento profissional tem levado muitos brasileiros a reavaliar seus planos. “A imigração, hoje, expressa o desejo por um projeto de vida mais estruturado, que ofereça estabilidade e perspectivas para toda a família”, conclui Diego Sales.

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