Estudo da fornecedora Bulbe Energia mostra crescimento de 295,83% nas buscas sobre este sofrimento mental
O conceito de ecoansiedade tem sido utilizado para explicar a angústia, o medo profundo e a preocupação intensa diante de cenários de crises climáticas. Esse conjunto de sintomas funciona como uma resposta emocional capaz de desencadear a predominância de emoções negativas como tristeza e desamparo, especialmente em grupos vulneráveis.
No Brasil, a frequência de eventos extremos e desastres naturais fez internautas recorrerem ao Google em busca de informações. Essa é uma das constatações da fornecedora de energia limpa Bulbe Energia, que, em estudo recente, verificou que, de janeiro a agosto deste ano, as pesquisas relacionadas ao assunto cresceram 295,83%.
Da ansiedade climática para a conscientização
Embora provoque um ambiente nocivo à saúde mental, a preocupação excessiva com a escassez de recursos naturais e a iminente ocorrência de catástrofes contribuem para mudanças comportamentais. Em outras palavras, diante de um cenário obscuro, os indivíduos têm se esforçado para minimizar danos.
O relatório da Bulbe Energia exemplifica esse movimento. Junto do crescimento da taxa de buscas no Google por “ecoansiedade”, se intensificou o interesse por práticas sustentáveis. As pesquisas por termos relacionados a reciclagem, coleta seletiva e consumo consciente apresentaram ascensão positiva de janeiro a agosto.
- Reciclagem
Somente em agosto deste ano foram feitas 201.000 buscas por “reciclagem” no buscador, representando um aumento de 171,62% em relação a janeiro. O tópico “como reciclar” subiu 50% no período, o que sugere preocupação com o descarte de resíduos.
O dado contrasta com estimativas da Fundação Dom Cabral e do Instituto Atmos, divulgadas no Portal Metrópoles, sobre a perda econômica aproximada de R$ 14 bilhões ao ano pela deficiência do país na reciclagem. Atualmente, de 81 milhões de toneladas de lixo, cerca de 2,4% a 8,3% é reciclado.
- Coleta seletiva
Esse importante agente no reaproveitamento de resíduos está presente em 60,5% dos municípios brasileiros, de acordo com dados do IBGE. Já no Google, as procuras sobre “coleta seletiva” e “coleta seletiva o que é” subiram 173,64% e 523%, respectivamente, entre janeiro e agosto deste ano, o que sugere uma vontade de conhecer o que é e como funciona esse serviço.
- Consumo consciente
A pergunta que obteve maior taxa de crescimento no relatório foi “o que é consumo consciente”, com positivos 1.592%. Essa prática considera os impactos sociais, econômicos e ambientais envolvidos nos processos de produção e destino de bens de consumo e serviços. É um ponto de vista informado e crítico em relação à sociedade.
Não por acaso, as variantes com melhor performance associadas ao termo foram “como economizar água”, com 440% de crescimento, “consumo consciente”, com 311,36%, “casa sustentável”, com 50%, e “como economizar energia”, com 24,13%.
Ecoansiedade proativa
Apesar do sofrimento causado pelo constante estado de alerta com relação ao futuro no contexto ambiental, a inquietação também se associa ao desejo por transformações. Provavelmente porque a faixa etária mais afetada por esse fenômeno são crianças, adolescentes e jovens, como publicado na revista The Lancet Planetary Health.
Nessa direção, surgem alternativas para minimizar os danos causados ao meio ambiente, como a microssustentabilidade aplicada dentro de casa. As adaptações vão desde reutilizar água, substituir aparelhos antigos por dispositivos com menor gasto energético até separar o lixo orgânico do reciclável.
Segundo a Bulbe, ter uma residência sustentável se tornou acessível, inclusive para quem mora em apartamentos. Conhecer o serviço de assinatura de energia solar e como ele funciona nos dias atuais é uma alternativa que permite que o indivíduo tenha acesso a energia elétrica limpa e renovável, reduzindo a pegada de carbono e o uso de hidrelétricas e termelétricas.