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É fundamental aprender sobre direitos humanos no meio acadêmico

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Projetos como o Zerah, com berço uspiano, levam informações sobre o judaísmo com credibilidade, unindo a universidade e a sociedade

Os direitos humanos têm como objetivo garantir que cada indivíduo tenha a oportunidade de viver uma vida digna, com acesso ao básico como educação, saúde, comida e moradia. No entanto, muitas vezes a realidade é diferente, especialmente em lugares onde há desigualdade social e econômica. É importante frisar que a garantia a esses direitos não é apenas uma questão de justiça social, mas também é algo essencial para o progresso e o desenvolvimento da sociedade.

Frente a isso, para muitos, a consolidação dos direitos humanos se dá por meio da educação. Assim, projetos de ensino surgem como iniciativas pujantes para a formação de jovens a tornarem-se figuras atuantes com um olhar humanista para quaisquer áreas em que forem atuar.

Um desses projetos é o Zerah Platform, focado na educação judaica e socioambiental para os direitos humanos. Este, que foi idealizado pela jovem judia, pedagoga pela Universidade de São Paulo (USP) e educadora ambiental, Ana Beatriz Prudente Alckmin. “Este foi cuidadosamente elaborado para levar para dentro de instituições educacionais e outros espaços, uma formação para os Direitos Humanos de primeira, segunda e terceira geração, orientados por perspectivas e valores do judaísmo”, explica.

Os diferentes Direitos Humanos

No entanto, é preciso compreender os Direitos Humanos de primeira, segunda e terceira geração. Os direitos fundamentais são como um escudo universal que protege cada pessoa contra qualquer tipo de violação à sua dignidade humana, para efeito didático, foram divididos em três gerações. Ana Beatriz esclarece: “A primeira geração concentra-se nos direitos de liberdade individual, como o direito à vida e à liberdade de expressão. Esses direitos garantem a autonomia de cada pessoa e foram originados durante revoluções como a francesa”.

Contudo, percebeu-se com o tempo que apenas esses direitos não eram suficientes para assegurar uma igualdade real na sociedade, dando origem aos direitos de segunda geração. “Estes, por sua vez, exigem ações positivas do Estado para garantir acesso a serviços essenciais, como saúde e educação, refletindo a responsabilidade governamental pelo bem-estar dos cidadãos”, complementa a CEO.

Além disso, Ana Beatriz aborda os direitos de terceira geração, destacando sua importância para o coletivo: “Esses direitos, que incluem também a proteção das comunidades e o desenvolvimento sustentável, transcendem interesses individuais e são essenciais para a sustentabilidade da nossa sociedade global”.

Esclarecer essas três dimensões é essencial para entender a evolução desses direitos ao longo do tempo e seu impacto significativo na sociedade atual. Levando tudo isso em consideração, a formação em Direitos Humanos se tornou parte importantíssima da grade de muitos cursos superiores. E nesse contexto o Zerah desenvolve ações ligadas a essas instituições de ensino superior e que complementam essa vertente, levando uma programação de atividades para sensibilizar sobre o assunto.

Os trabalhos promovidos dentro do projeto auxiliam à construção da interlocução desse conhecimento, principalmente os valores judaicos. Como por exemplo, a atuação com o IBMEC São Paulo, que acontece através de uma parceria com a Clínica de Direitos Humanos “Muitos dos nossos palestrantes são judeus, mas nem todos são. Mas sem dúvida, na construção das atividades o olhar judaico está presente. No caso do IBMEC São Paulo, estamos presentes com uma parceria muito consolidada, onde respondemos por 40% das atividades da clínica, que incluem, grandes ou pequenas palestras”, relata a CEO. Além disso, ela pontua ações como dinâmicas, propondo debates constantes para os estudantes. “Já apresentamos como palestrantes nomes como Michel Gherman, Sergio Napchan, Eva Blay, Vahan Agopyan, Daniel Douek e muitos outros grandes intelectuais”, ressalta Ana Beatriz.

Para a especialista, não se trabalha com esses direitos de forma individual. Qualquer projeto que se proponha a atuar nessa área precisa estar conectado com outros que já fazem isso. “Então, estar em espaços universitários com uma proposta educacional, possibilita a criação de pontes com entidades do terceiro setor, com o Ministério Público e com uma intelectualidade progressista”, reforça.

Construindo pontes

Os trabalhos promovidos pelo Zerah são uma das maneiras de se desenvolver a construção de pontes entre o mundo acadêmico e a sociedade civil. Isso é relatado inclusive pelo cientista político Daniel Douek. “Acompanhei o início do trabalho do Zerah, tendo me impressionado a capacidade de articulação da organização junto a Universidades e instituições para a promoção de atividades de sensibilização ligadas a questões socioambientais e de direitos humanos. Destaque para a participação de profissionais altamente qualificados e grande adesão de público”, confidência.

Outra iniciativa de sucesso do projeto é a parceria entre o Zerah e a Universidade de Taubaté-SP. Dentro do contexto dessa colaboração, foram organizados diversos eventos e palestras. Sobre isso, o professor do curso de Direito e delegado de Polícia do Estado de São Paulo, Daniel Estefáno, tem opinião positiva. “Temos gratidão pelo projeto. Este que proporcionou a realização de eventos, congregando a comunidade acadêmica e advogados locais, os quais tiveram a oportunidade de prestigiar palestras proferidas por exímios conhecedores das ciências jurídicas e sociais, bem como da cultura judaica e seus representantes no Brasil. Ratifico a excelência de sua atuação e a importância na promoção da interseção de pautas que são fundamentais para o desenvolvimento de nossa sociedade”, completa.

 

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