Celebrado em 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de promover a conscientização sobre os fatores que influenciam nosso bem-estar — físico, mental e social. Em um mundo onde o ritmo acelerado, o estresse constante e a sobrecarga emocional se tornaram a norma, a saúde passa a ser mais do que uma meta: é um compromisso diário com a vida que se deseja viver.
A boa notícia? É possível envelhecer bem, com leveza, prazer e equilíbrio. E tudo começa com escolhas simples — e conscientes — feitas hoje.
“Saúde é conexão e equilíbrio”, diz a nutricionista Fernanda Pucci
Especialista em nutrição funcional e saúde preventiva, Fernanda Pucci acredita que saúde vai além da ausência de doenças. “Envelhecer bem é o resultado de pequenas escolhas diárias — no prato, no descanso, na respiração, nas relações e até no prazer de comer”, afirma. Ela defende uma alimentação baseada em comida de verdade, sem abrir mão do sabor e da memória afetiva. “A alimentação saudável inclui prazer. Comer também é um ato emocional.”
Para ela, cuidar da saúde não é sobre seguir regras rígidas, mas sobre cultivar uma rotina que respeite o corpo, a mente e os próprios ritmos. “A saúde é construída nos detalhes. É presença, é propósito.”
“Cuidar do corpo é também cuidar da mente”, reforça a psicóloga Débora Queiroz
A psicóloga Débora Queiroz, especialista em comportamento humano e qualidade de vida, lembra que saúde é um conceito integral. “Saúde não é apenas a ausência de doenças. É o resultado de escolhas cotidianas conscientes, que envolvem alimentação, movimento, sono, relações, propósito e manejo do estresse.”
Segundo Débora, há cinco pilares fundamentais para sustentar o bem-estar: alimentação de qualidade, atividade física prazerosa, sono reparador, gestão do estresse e conexões humanas significativas. “A forma como nos alimentamos, dormimos, nos movimentamos e nos relacionamos influencia diretamente nossos níveis de energia, foco, humor e capacidade de enfrentar adversidades”, destaca.
E vai além: “Buscar terapia não é um sinal de fraqueza, mas sim de coragem e responsabilidade consigo mesmo. Viver com saúde é um compromisso diário com o que importa. E esse cuidado começa de dentro para fora.”
Jessica Pinheiro: “Cuidar da mente e do corpo não é luxo, é necessidade”
Com atuação voltada para adolescentes e mulheres, a psicóloga Jéssica de Sousa Pinheiro reforça a interdependência entre saúde física e mental. “Negligenciar uma pode impactar diretamente a outra. O estresse crônico, por exemplo, pode enfraquecer o sistema imunológico e aumentar o risco de doenças cardíacas”, explica. Para ela, práticas como sono regular, alimentação equilibrada, respiração consciente e momentos de lazer são ferramentas fundamentais para o equilíbrio emocional.
Segundo Jéssica, ter uma mente saudável vai além de não apresentar transtornos. “É ter equilíbrio emocional, resiliência diante dos desafios e uma boa qualidade de vida. É aprender a dizer não, respeitar os próprios limites e manter um ritmo sustentável entre trabalho, autocuidado e lazer.”
Um chamado à consciência
O Dia Mundial da Saúde não é um lembrete para buscar perfeição, mas um convite para voltar ao essencial. Cuidar de si não deve ser uma urgência somente quando o corpo grita ou a mente entra em colapso. É uma prática diária — feita de pausas intencionais, respirações profundas, afeto, movimento e escuta interna.
Seja ao escolher um alimento que nutre, desligar o celular antes de dormir, caminhar sob o sol da manhã ou dizer “não” ao que sobrecarrega, cada pequena atitude conta.
Como resume Fernanda Pucci: “Viver bem não exige fórmulas mágicas, mas consciência. E isso começa hoje — no que colocamos no prato, na cabeça e no coração.”