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Dançarino com Câncer luta na justiça contra convênio para realizar tratamento e ter direito à vida

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Ele nasceu em Piracicaba, SP. Seu interesse pela dança veio ainda bem criança, dançava desde os 2 anos ao som de Michael Jackson. Com 7 anos, se juntava aos meninos na rua e já treinava, meio que autodidata, o Breaking com papelão no chão e também gostava de Popping. Naquela época, não existia internet, então, era bem limitado o conhecimento sobre o assunto, tudo acontecia por uma referência ou outra que via de vez em quando.
Aos 12 anos, Rodrigo já coreografava grupos de dança na escola e nos centros comunitários do seu bairro e dos bairros vizinhos. Paralelo à isso, praticava Capoeira desde os oito anos e iniciou Ginástica Artística em um projeto social aos 14 anos, duas coisas que lhe deram muita disciplina e repertório motor.
Com 16, entrou para equipe de Ginástica Artística de Piracicaba, onde foi atleta da cidade por dois anos, ganhando jogos regionais, abertos, paulistas, entre outros.
Um ano antes teve a primeira experiência acadêmica com a dança: foi convidado por uma academia a participar de seu espetáculo de fim de ano, entrou como bolsista lá na modalidade de Street Dance e também passou a praticar Jazz, Ballet e Dança Contemporânea.

Frequentou inúmeros workshops, festivais e competições de dança, incluindo uma no Mercosul, na Argentina, que lhe rendeu sua primeira viagem internacional, onde ganhou prêmios com os trabalhos desenvolvidos.
Sua primeira experiência como professor também veio cedo, o professor da academia onde fazia aula como bolsista entrou para o grupo Raça, em São Paulo, a diretora da escola o convidou a entrar no lugar dele. Mais tarde, já com experiência, deu aula em diversas escolas de dança de sua cidade e das cidades vizinhas e também iniciou no Studio 415, onde dá aulas até hoje e é coreógrafo há 17 anos.
Com 19 anos, também fez audição para a Cedan, primeira companhia estável de dança de sua cidade, onde se tornou integrante e teve a oportunidade de fazer aula e dançar com grandes profissionais da dança, como Ana Botafogo e Max Coppelo, que veio da Argentina fazer um espetáculo de em Piracicaba, durante um workshop foi convidado, junto com a esposa, a ir para a Argentina e estudar Tango, convite que aceitou imediatamente e trouxe muito conhecimento.
Por meio de audições de dança, dançou no Show da Virada da TV Globo por dois anos, conheceu diversos artistas e dividiu o palco com nomes como Ivete Sangalo e Luan Santana, entre  outros.

Ajudou na educação de inúmeros jovens, construiu sua casa, cursou educação física, se tornou um homem de bem, íntegro e talentoso. Era um jovem feliz, com um futuro pela frente, até que, em  2019, descobriu um câncer colorretal em estágio muito avançado no intestino e com metástases no fígado e peritônio. Em visita ao médico, foi feito um procedimento apalpando a região abdominal, sendo identificada uma massa, que poderia ser um tumor. Exames foram pedidos com urgência, o resultado confirmou a suspeita, então, foi recomendado uma cirurgia de emergência, que foi feita em setembro de 2019. Foram removidas todas as lesões e o intestino foi religado, evitando a necessidade do uso da bolsa de colostomia, também foram removidas as lesões do fígado e as do peritônio.

Após esse primeiro procedimento cirúrgico, o exame genético apontou que Rodrigo Betini era portador da Síndrome de Lynch, enfermidade que causa uma alteração principalmente nos genes MLH1MSH2MHH6 ou PMS2, que têm a função de ajudar nos reparos do DNA. A mutação interrompe o funcionamento correto desses genes e, assim, acelera o processo de divisão e multiplicação de células com erros.
O médico tentou  enquadrar Rodrigo em um protocolo de estudo para receber a medicação, mas como não havia mais lesões para registrar os efeitos do medicamento, infelizmente, não foi possível.

Foram planejadas, então, outras sessões de quimioterapia, iniciadas em janeiro de 2020. Foram realizadas 8 sessões de 12 previstas, infelizmente, a doença progrediu, devido a isso, foi necessário traçar outro protocolo de tratamento. Novamente, o médico tentou inserir Rodrigo no protocolo de estudo para receber a medicação Keytruda, estava tudo certo, no entanto, mesmo se enquadrando perfeitamente no estudo, devido a pandemia da Covid-19, ele foi pausado. Rodrigo não poderia ficar mais tempo sem tratamento, para esperar o retorno, então, iniciou outra quimioterapia com uma nova medicação, após 11 sessões de 12 programadas houve uma melhora das lesões e foi agendado para fazer a ablação por radiofrequência em uma lesão no fígado, que ainda estava grande.

Em novembro de 2020 fez este procedimento no fígado, que queima a lesão tumoral com uma agulha de trinta centímetros cujo a ponta aquece a 80 graus. Após a recuperação, retornou às quimioterapias até completar os ciclos desenhados pelo médico. Após novos exames, veio a confirmação de nova progressão na doença: 3 lesões no fígado.
Novamente foi procurado o protocolo para receber a medicação Keytruda, mas ainda não era possível, então, passou novamente por outra ablação por radiofrequência. Entre os trâmites de exames para o procedimento, ficou 2 meses sem tratamento e as três lesões se tornaram sete, devido a isso não foi possível fazer a ablação e, novamente, deveria começar um tratamento sistêmico, com quimioterapia, para conter a doença até o momento que fosse possível receber a medicação Keytruda.

Família e amigos, então, decidiram iniciar uma “vaquinha” on-line para poder custear as primeiras doses e avaliar se a medicação iria interagir positivamente com o organismo de Rodrigo.
Tomaram esta atitude pois a medicação tem um custo elevado, ele precisava de duas ampolas a cada aplicação, fazendo uso a cada 21 dias, o valor de cada aplicação fica em R$ 45.000,00. O plano de saúde não cobria o tratamento e também não estava disponível no SUS. Então, Rodrigo entrou com uma ação judicial, para ser assistido pelo plano no tratamento com uma liminar, para ter acesso à medicação o mais rápido possível, enquanto corria a ação. A primeira decisão foi a favor do plano, Rodrigo recorreu e veio o resultado ao seu favor, o plano deveria pagar o tratamento até a decisão final. Ele fez 4 aplicações nesta condição.
Após exames, foi constatado que o medicamento teve uma interação muito satisfatória no seu organismo, todas as lesões reduziram, o que confirmou que a medição Keytruda realmente era a mais adequada para seu quadro clínico. E, também, o tratamento foi aprovado pela Anvisa aqui no Brasil para pacientes com o mesmo tipo de câncer, mas virgens de tratamento quimioterápico.
Porém, após esse período, o plano recorreu e derrubou a liminar e Rodrigo teve que arcar com as aplicações seguintes, utilizando o dinheiro arrecadado na “vaquinha” on-line.
Entrou novamente com um recurso e saiu que o plano deveria novamente assisti-lo até a decisão final do juíz. Rodrigo não sabe até quando vai receber a medicação e se a decisão final será a seu favor. A qualquer momento pode ter que voltar a pagar o tratamento ou até devolver o dinheiro das aplicações que o plano pagou, caso a decisão final seja contra ele.
Nesses períodos de incertezas, Rodrigo precisa estar pronto para tudo e, no momento, está sem recursos, pois já usou o dinheiro da vaquinha. O dançarino não pode ficar sem a medicação e o tratamento pode se estender por até 2 anos. Rodrigo depende de ganhar esta ação ou de ajuda de amigos e conhecidos para continuar o tratamento e a luta pela própria vida!
Seu sonho como artista é continuar sua caminhada na dança, transformando vidas por meio da arte, seu lugar é no palco! São dele as palavras: “Quero recuperar minha saúde, dançar até os últimos dias da minha vida nesta terra!”. 

Quem desejar ajudar o dançarino Rodrigo Betini nessa luta é só usar a chave Pix 355.001.478-38 (NuBank), doando qualquer valor.

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