O barco Crioula entra na disputa da Semana Internacional de Vela de Ilhabela Daycoval como um dos grandes favoritos ao título da classe ORC, considerada a mais forte da 51ª edição. O time do Veleiros do Sul de Porto Alegre (RS) entra nas regatas de 20 a 27 de julho para defender o bicampeonato do evento em Ilhabela (SP).
O atleta olímpico Samuel Albrecht será o tático do Crioula, que é um modelo TP52, considerado o mais rápido e moderno do país ao lado do Botin 44 do Phoenix, seu adversário na SIVI Daycoval. Ano passado, o título veio por antecipação após vitórias nas principais provas do campeonato.
Inclusive foram vencedores da Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil, regata que abre o cronograma de 2024 neste domingo (21), a partir de 13h, com largada no Yacht Club de Ilhabela (YCI).
“O TP52, como o nome já diz, é um barco de 52 pés. É um barco todo de fibra de carbono e de um desenho bem recente. São barcos bem otimizados, que buscam a máxima performance. Será uma semana bastante competitiva e vamos com muita força”, disse Samuel Albrecht, medalhista pan-americano e finalista olímpico.
A equipe correr na classe ORC, ou Offshore Racing Congress, é a principal classe mundial e também no Brasil. É normalmente dada a chancela de campeão geral da SIVI Daycoval ao vencedor da categoria, que reúne os barcos mais rápidos. Em 2023, o Crioula superou o Phoenix e o Phytoervas no pódio.
O time do Crioula teve que se superar para correr a SIVI Daycoval. Tripulantes e o clube de origem foram severamente afetados pelas enchentes do Rio Grande do Sul no primeiro semestre, algo que quase impossibilitou a vinda deles.
”É um desafio realmente participar da Semana de Ilhabela, mas a gente conseguiu e estamos indo e estamos bem motivados também. Acho que é importante, dentro das possibilidades de cada um, sair, continuar velejando, navegando, fazendo alguma atividade nesse sentido, porque aqui em Porto Alegre a gente não tem conseguido navegar”.
Samuel Albrecht recorda que na região ainda tem muita correnteza, muita sujeira ainda no rio com chuvas recorrentes, o que volta à condição de inundação”.
“Não foi fácil, até em termos de logística, a gente já tinha organizado passagens e toda a nossa logística desde o mês de março, abril, e agora tivemos que rever tudo, comprar novas passagens, organizar toda essa questão, e não está fácil de sair daqui, de conseguir voar, de conseguir fazer alguma coisa acessível”.