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Criado por seis artistas de ascendência okinawana e japonesa, Muitas Ondas São o Mar propõe reflexão sobre os corpos, a ancestralidade e a criação

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Criado por seis artistas de ascendência okinawana e japonesa, Muitas Ondas São o Mar propõe reflexão sobre os corpos, a ancestralidade e a criação
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Com dramaturgia de Carla Kinzo e direção de Key Sawao, espetáculo faz duas apresentações na Fábrica de Cultura Brasilândia no dia 5 de setembro

As ideias de corpo como uma manifestação do espaço-tempo de memória e da ancestralidade como um espaço compartilhado são exploradas pela peça Muitas Ondas São o Mar, com texto de Carla Kinzo e direção de Key Sawao. O espetáculo tem duas apresentações na Fábrica de Cultura Brasilândia, no dia 5 de setembro.

O trabalho reúne seis artistas com ascendência de Okinawa e do Japão em um processo de criação colaborativo. O elenco é formado por Bárbara Arakaki, Camilla Aoki, Carla Passos, Lígia Yamaguti, Lina Tag e Renata Asato.

A ideia é lançar um olhar sobre corpos únicos e múltiplos que compartilham um espaço comum (esse território, nesse tempo) para pensar a ancestralidade e criação nos dias de hoje. Para a diretora Key Sawao, essa reflexão leva em consideração a noção de corpo como espaço e tempo ao mesmo tempo.

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“Eu sou uma artista do corpo e movimento, e foi a partir daí que começamos nosso processo juntes. Então, assim como a palavra percorre a memória, a memória percorre o corpo, tudo é contido e contém esses cruzamentos. E seguimos com um olhar assim para o corpo, como o espaço tempo da memória e suas atualizações, e como esse processo pode afetar e modular a experiência cênica”, explica Sawao sobre a investigação.

Sobre esse processo criativo, a dramaturga Carla Kinzo comenta: “No começo do processo tivemos encontros diários pra nos conhecermos mesmo. Foi um começo bastante calcado no depoimento, em que falamos muito da relação (e do estranhamento) que temos em relação às ascendências uchinanchu e japonesa. Quando a Key chegou, foi a etapa de silenciar e experimentar tudo isso em outro lugar: no espaço, no corpo”.

A cenografia e os figurinos do trabalho são assinados pela premiada artista nipo-brasileira Telumi Hellen. “O cenário é um espaço claro na cor crua, aparentemente árido, no qual, no simples, trazemos a valoração das personagens que performam, num lugar que valoriza figura, fundo e as memórias. Isso potencializa o que devemos amar e respeitar, como um ikebana, pulsante de vida na aparência estática, porém para os olhos mais afinados, o deleite e o prazer da pulsação viva. As personagens transitarão performando neste lugar de cor crua, atravessando a iluminação que altera a atmosfera por onde elas queiram estar presentes em vida, onde quiserem e como quiserem na dança da poética”, conta.

“A proposta de colocar em cena o elenco formado por seis artistas como protagonistas de suas próprias histórias, livre de estereótipos, faz parte de uma luta (dentre várias) que o Coletivo Oriente-se se propõe e vem com muito mais projetos por aí. Queremos romper com esse status-quo de preconceitos, discriminações, fetichização e exotização que nós artistas amarelos sofremos nas artes cênicas e no audiovisual”, explica Rogério Nagai, diretor de produção e coordenador do projeto.

O espetáculo é parte integrante do projeto “Oriente-se: amarelos em cena” contemplado pela 40° Edição da Lei de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, com realização do Coletivo Oriente-se e Nagai Produções.

Ficha TécnicaDramaturgia: Carla Kinzo.Direção: Key Sawao.Assistência de direção: Beatriz Sano.Elenco: Bárbara Arakaki, Camilla Aoki, Carla Passos, Lígia Yamaguti, Lina Tag, Renata Asato.Espaço Cênico e Figurinos: Telumi Hellen.Trilha Sonora: Dudu Tsuda.Luz: Paula da Selva.Colaboração Artística: Rodrigo Bolzan.Produção executiva: Amanda Andrade.Direção de produção e coordenação geral: Rogério Nagai.Fotografia: Joelma do Couto.Mídias sociais: Lol Digital.Comunicação visual: Pethra Ubarana.Realização: Coletivo Oriente-se, Nagai Produções e Secretaria Municipal de Cultural – Lei de Fomento ao Teatro.

SinopseReunindo seis artistas com ascendência de Okinawa e do Japão em um processo de criação colaborativo, o espetáculo é um olhar sobre corpos únicos e múltiplos, que compartilham um espaço comum (esse território, nesse tempo) para pensar ancestralidade e criação hoje.

ServiçoMuitas Ondas São o Mar

Classificação: LivreDuração: 70 minutos

Fábrica de Cultura Brasilândia – Avenida General Penha Brasil, 2508, BrasilândiaQuando: 5 de setembro, às 10h e às 20hIngressos: Gratuitos, distribuídos uma hora antes de cada apresentação no local.

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