Siga-nos nas Redes Sociais

Negócios

Consórcio vira “atalho inteligente” para quem quer investir sem se endividar

Publicado

em

Com baixa inadimplência e crescimento acima de 9% ao ano, consórcios ganham novo perfil: são usados por quem quer render dinheiro e reorganizar a vida financeira sem pagar juros

O consórcio deixou de ser apenas uma forma de comprar um carro ou imóvel no futuro. Com mais de 11,2 milhões de brasileiros ativos nessa modalidade, segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), ele agora também é visto como uma estratégia financeira para organizar as contas e até lucrar.

A lógica é simples: ao adquirir uma cota de consórcio – como uma de R$ 100 mil – o consumidor pode dar lances estratégicos para antecipar a contemplação. Com o valor em mãos, ele aplica o montante em produtos que rendem acima da inflação, como CDBs, fundos de renda fixa ou até imóveis com potencial de valorização.

“Tem cliente que dá o lance com parte do próprio capital, recebe os R$ 100 mil e realoca esse valor em investimentos com liquidez e boa rentabilidade. É um jeito de alavancar o dinheiro e ainda manter uma parcela acessível”, explica Andrea Carvalho, especialista da Manah Soluções Financeiras.

Crescimento constante e inadimplência baixa

De acordo com o último boletim da ABAC, o sistema de consórcios movimentou mais de R$ 378 bilhões em créditos comercializados em 2024, com um crescimento de 7,4% nas adesões e aumento de 8,9% na base de participantes ativos.

Enquanto isso, a inadimplência fechou 2023 em apenas 2,54%, número significativamente menor do que o observado em outras linhas de crédito, como o rotativo do cartão de crédito (que bateu 49% em alguns meses do ano, segundo o Banco Central).

Para Andrea, o cenário é favorável porque o consórcio educa financeiramente o consumidor: “Ele é forçado a se planejar, guardar dinheiro, e evita os juros abusivos dos financiamentos convencionais. É uma excelente porta de entrada para quem quer organizar a vida financeira”, diz.

Quem pode se beneficiar?

A estratégia é ideal para pessoas que:

  • Têm uma reserva para dar lances e antecipar a contemplação
  • Buscam adquirir bens de forma planejada, sem pagar juros
  • Desejam aplicar o valor da carta de crédito em investimentos com maior retorno
  • Precisam organizar a vida financeira com disciplina e metas

Além disso, o consórcio pode ser uma alternativa segura para fugir da alta dos juros no país. Segundo o Banco Central, a Selic permanece em 14,25% ao ano, o que encarece financiamentos e créditos diretos.

“O consórcio é como uma poupança forçada, mas que pode se transformar em uma ferramenta de investimento se bem utilizada. Já vimos clientes usarem esse recurso para investir em negócios, comprar imóveis que depois alugam ou até quitar outras dívidas com desconto à vista”, completa Andrea Carvalho.

Fique atento:

  • Taxas de administração variam entre 10% e 20% do valor total da carta, diluídas nas parcelas.
  • O consórcio não tem garantia de contemplação imediata, a não ser por meio de lances altos.
  • Avalie sempre o seu orçamento mensal, pois o pagamento das parcelas é obrigatório até o final do plano.

Imprensa Leia Mais

Diferenciação não é privilégio do luxo, afirma consultor Rizzieri Gomes no Chá das Cinco

Crédito:jittawit.21/istock Leia Mais

Como aplicar o conceito ESG na sua empresa

Foto: Kasto/Divulgação: Canva Leia Mais

UniNorte e ABRAPS realizam Meet Up Pré-COP30

Luiz Sergio Vieira, CEO da EY Brasil, Ari de Sá Neto, representante Master, e Raquel Teixeira, líder dos programas de relacionamento da EY Brasil (Foto: divulgação) Leia Mais

Ari de Sá Neto, fundador e CEO da Arco Educação, é o representante Master da 28ª edição do Programa EY Empreendedor do Ano

Gustavo Blasco, CEO e cofundador da GCB Investimentos / Quatro Olhos Filmes / O Edgard Leia Mais

GCB consolida ecossistema de crédito privado e une tradição e inovação em plataforma robusta

Copyright © 2018 - 2021 Rede Brasileira de Notícias.