Nos últimos dias, Niterói vem discutindo medidas de segurança para o comércio e moradores da cidade com o poder público e privado. Depois de dezenas de casos de lojas arrombadas e furtadas no local, a sensação de insegurança e vulnerabilidade das vítimas, que viralizou nas redes sociais e virou notícia em todos os meios de comunicação, abriu frente para mais uma iniciativa de prevenção. Um encontro de segurança e ações práticas, promovidas por síndicos, empreendedores e moradores, aconteceu no final da tarde de ontem, no Centro de Niterói.
Dentre os assuntos pautados estiveram as ações em defesa dos interesses dos cidadãos, o crescimento da insegurança, o aumento de crimes na cidade, a exposição da decisão do STF diante das pessoas em situação de rua e a discussão de propostas de novas ideias para a problemática da Avenida Amaral Peixoto.
O empresário e diretor comercial da CDL, Rogério Rosetti, foi uma das vítimas recentes. Depois de ter uma de suas lojas invadida e furtada pela terceira vez em menos de 3 meses, em frente a uma delegacia da Zona Sul, o empresário deu início às mobilizações de cobrança ao poder público junto a juntas frentes representativas da cidade.
“Não dá mais para termos essa sensação de insegurança e ver lojas tradicionais sendo fechadas por conta deste abandono. As ruas de Niterói estão cheias de pessoas em situação de rua e doentes pelo uso de drogas. Estes encontros vêm para que todos nós juntos, empresários, poder público e privado e principalmente a população no geral para que possamos discutir e pensar em medidas cabíveis e não ilusórias, já que sabemos que as ações vêm da política. Se o que cabe a nós é chamar atenção, vamos fazer”, enfatizou Rosetti.
Os empresários, Marcio Nalin, Ricardo Machado e Henrique Santos, também síndico do Praia Clube, a síndica condominial, Dra. Rosejane Pereira e o Major Clímaco, responsável pela Segurança presente em Niterói fizeram parte da composição da mesa, no encontro acompanhado por aproximadamente 50 pessoas.
O coordenador do Projeto Segurança Presente, o Major Clímaco explicou a dinâmica dos patrulhamentos e operações, além de reforçar a importância da participação mais pontual da população nas denúncias feitas à Polícia Militar. Já o empresário Marcio Nalin contou que esta foi uma iniciativa do grupo de síndicos, lojistas e moradores na elaboração de um ofício que visa solicitar que o CREPOP seja um ponto único de recepção de alimentos doados e que os interessados em participar na distribuição de alimentos aos moradores de rua, no qual deverá ter como único local para distribuição organizada e segura durante a noite. O resgate da historia do Centro de Niterói também fez parte da pauta, além do abandono da Avenida Amaral Peixoto, considerada o primeiro “shopping a céu aberto” da cidade.