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“Com vestibular próprio, a UFG será uma plataforma regional de protagonismo educacional”, afirma especialista

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Para o linguista e educador Carlos André, a retomada do processo seletivo próprio é vista como oportunidade para valorizar competências locais e estimular a formação crítica

Goiânia, julho de 2025 – A Universidade Federal de Goiás (UFG) surpreendeu estudantes e especialistas ao anunciar o retorno de seu vestibular próprio para ingresso no ano letivo de 2026. Com metade das vagas distribuídas por meio desse modelo, a medida coloca a instituição em sintonia com uma tendência nacional e no centro de um debate sobre os limites do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A retomada do processo seletivo tradicional, que não era promovido desde 2014, terá impacto direto nas estratégias de preparação dos candidatos, um ponto enfatizado pelo professor e cofundador do Instituto Carlos André, a maior instituição de ensino especializada em português e redação para vestibulares e concursos públicos da região Centro‑Oeste.

“A volta do vestibular da UFG, sem dúvida, é um ganho extraordinário e penso que seja uma tendência de todas as instituições federais no Brasil. Nós temos percebido que o Enem, embora tenha sido uma grande conquista, não traduz exatamente as especificidades de cada região do país”, destaca Carlos André, ressaltando que essa escolha incentiva jovens a aspirar ao ensino superior.

O professor ressalta ainda que o exame próprio reforça competências regionais e reduz a dependência de modelos de redação decorados, além de tornar a UFG uma plataforma regional de protagonismo educacional, beneficiando todo o estado de Goiás. “Com a Universidade Federal de Goiás e novos métodos de análise, o aluno vai de fato comprovar que não está decorando assuntos, mas entendendo, compreendendo e mostrando isso na hora de fazer um vestibular”, frisa o especialista.

Leitura crítica como desafio

A última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada em novembro de 2024 pelo Instituto Pró-Livro, revelou um dado alarmante: o país perdeu cerca de 6,7 milhões de leitores em apenas quatro anos. O índice de brasileiros com 5 anos ou mais que leem livros caiu de 52%, em 2019, para 47% em 2024. Pela primeira vez na série histórica, iniciada em 2001, o número de não leitores (53%) superou o de leitores.

Carlos vê na ausência de políticas públicas coordenadas uma das causas do declínio. “Durante décadas o livro foi tratado como luxo ou acessório. Bibliotecas foram sucateadas, programas de incentivo à leitura desmontados, e a formação de mediadores foi negligenciada. O resultado está aí: uma sociedade vulnerável ao simplismo, ao discurso raso e à desinformação.”

O professor defende um pacto nacional pela leitura, envolvendo escolas, universidades, bibliotecas públicas, editoras, governos e famílias. “É preciso fazer do livro um objeto cotidiano, presente nas políticas urbanas, nos espaços públicos, nos currículos escolares e nas dinâmicas familiares. A leitura é uma tecnologia democrática, um recurso de cidadania. Desprezá-la é abrir mão do futuro.”

A pesquisa também revela desigualdades regionais. Enquanto o Sul tem o maior percentual de leitores (53%), o Norte e o Centro-Oeste aparecem entre os mais baixos. Goiânia, por exemplo, ocupa a última posição entre as capitais: apenas 40% dos moradores leram parte de um livro no trimestre anterior à entrevista. Em contraste, João Pessoa lidera o ranking, com 64%.

Carlos André

Com mais de 24 anos de experiência, Professor Carlos André Pereira Nunes é cofundador e diretor do Instituto Carlos André, a maior instituição de ensino especializada em português e redação para vestibulares e concursos públicos da região Centro‑Oeste, e consultoria em comunicação de alta performance para empresas, com mais de 30 mil alunos aprovados e mais de 40 empresas atendidas no Estado de Goiás.

Antes de fundar o Instituto Carlos André, atuou como docente nos principais colégios e cursos preparatórios de Goiás e do Distrito Federal. A partir de 2010, passou a atuar também como mentor em comunicação de alta performance em grandes empresas do Estado de Goiás e no Distrito Federal. É professor das Escolas Superiores da Magistratura e da Advocacia e preside a Comissão Nacional de Direito, Linguagem e Literatura da OAB Nacional, onde lidera a modernização da linguagem jurídica no Brasil.

É professor de Comunicação de Alta Performance no IPOG. É advogado e linguista referência nacional em comunicação e redação jurídica, e preside a Comissão Nacional de Direito, Linguagem e Literatura da OAB Nacional, onde lidera projetos voltados à modernização da linguagem jurídica no Brasil.

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