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Com direção de Miwa Yanagizawa, a tragicomédia “Pulmões”, do inglês Duncan Macmillan, inicia nova temporada, dia 03 de junho, no Teatro Municipal Ziembinski, na Tijuca

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Fotos de João Julio

  • Em um relacionamento há 13 anos, os atores Giulia Grandis e Thiago Mello se questionam se devem ou não ter filhos, assim como os personagens da peça.
  • A trama propõe uma reflexão crítica sobre os círculos viciosos das relações familiares e sociais na contemporaneidade

Enquanto o planeta fica cada vez mais quente, os oceanos sobem e se agitam, um casal no supermercado se questiona se deve ou não ter filhos. Esse simples questionamento causa uma reação em cadeia que não pode ser revertida. É o começo de uma conversa que vai de questões ambientais até o mais temido medo de todos: de se tornarem iguais aos seus próprios pais. Esse é o ponto de partida do espetáculo “Pulmões”, do dramaturgo inglês Duncan Macmillan, com tradução e adaptação de Diego Teza, direção de Miwa Yanagizawa e Maria Lucas como diretora assistente. Depois de uma curta temporada em 2023, a peça reestreia, dia 03 de junho, no Teatro Municipal Ziembinski, na Tijuca, com sessões às terças e quartas, às 20h

A premiada dramaturgia, estreou em 2011 nos Estados Unidos, é esta é sua primeira montagem no Rio de Janeiro. O projeto foi idealizado pelos atores Giulia Grandis e Thiago Mello, casados desde 2019 e juntos há 13 anos. Na peça, os personagens também têm um relacionamento e se perguntam se são pessoas boas o suficiente para terem filhos. Avaliam as próprias (segundo eles) qualidades: têm uma vida simples, gastam dinheiro com assinaturas de streaming, aluguel, fazem doações, votam, vão a manifestações, assistem filmes estrangeiros, reciclam e levam sacola retornável (quando lembram). Seria o suficiente?

“Conheci Pulmões em 2019, quando tinha acabado de me casar, e todo mundo começou a perguntar se a gente ia ter filhos. A pressão foi tanta e comecei a me perguntar mais a sério se queria ter ou não. Se tinha vontade de criar uma criança, instinto maternal ou desejo em deixar um pedaço meu no mundo. A peça começa justamente com esse questionamento”, lembra Giulia. “Não conseguimos comprar os direitos na época. Em 2021, descobri uma massa no útero e tive que fazer muitos exames e uma cirurgia. Fiquei bem de saúde, mas essas reflexões voltaram com mais força e a vontade de fazer a peça também. O público se surpreende com a espontaneidade e vulnerabilidade dos personagens. Estamos felizes em voltar agora, depois de uma curta temporada em 2023, com elogios dos espectadores”, acrescenta a atriz.

A diretora Miwa Yanagizawa conheceu o casal de atores durante uma oficina em 2022, e se entusiasmou ao receber o convite para dirigir este texto de Duncan Macmillan, que lança um olhar crítico e bem-humorado sobre o que a sociedade considera como um comportamento padrão para casais.

“As peças dele têm um olhar agudo sobre as relações humanas contemporâneas. Ele sugere dispositivos interessantes para o processo de criação que desnaturaliza situações que nós teimamos em reproduzir na vida como algo natural”, descreve Miwa. “Em Pulmões, estamos representando uma relação cis-heteronormativa ansiosa por corresponder ou escapar da ideia de família ideal. Estamos, aos poucos, quebrando padrões, mas a imagem de uma família perfeita de propaganda de margarina ainda é muito presente. Ter filhos é visto como um acontecimento normal para um casal cis, como se não existissem mil outras possibilidade de existência”, completa a diretora.

O cenário da diretora de arte Teresa Abreu conta com uma série de projeções de slides com imagens de festividades de famílias nos anos 70. A trilha sonora original composta por Azullllllll é outro elemento dramatúrgico. “Construímos uma encenação que reforça a dinâmica de um casamento como um jogo paradoxal e cotidiano de contrastes e repetições atravessado por inúmeros afetos. A peça tem uma série de viradas de tempo e espaço e levamos para a cena uma linguagem não-realista, na qual os atores são condutores de situações que, esperamos, vai mexer com a imaginação do público”, explica Miwa.

Ficha técnica:

Autor: Duncan Macmillan

Tradução/ Adaptação: Diego Teza

Direção: Miwa Yanagizawa

Elenco: Giulia Grandis e Thiago Mello

Direção de arte e figurino: Teresa Abreu

Cenotécnico: Marco Souza

Contramestre: Francisca Sabóia

Aderecista: Nayara Pereira

Iluminação: Livs

Trilha Sonora Original: Azullllllll

Operador de Som: Gabo Lessa

Operador de Luz: Giu Del Penho

Fotos: João Julio Mello

Projeto Gráfico: Davi Palmeira

Provocação Artística: Maria Lucas

Assessoria de Imprensa: Rachel Almeida (Racca Comunicação)

Assessoria Jurídica: Dulcimery Benevides

Produção Executiva: Bruno Marques

Direção de Produção: João Eizô y Saboya

Idealização: Dois Sem Cia. (Giulia Grandis e Thiago Mello)

Realização: Grandis Produções

 

Serviço:

Temporada: De 03 a 25 de junho

Gênero: Tragicomédia

Teatro Municipal Ziembinski: Avenida Heitor Beltrão – Tijuca, Rio de Janeiro

Dias e horários: terças e quartas, às 20h

Ingressos: R$ 50 (inteira) e R$25 (meia-entrada).

Duração: 1h10

Lotação: 100 lugares

Classificação: 14 anos

Venda de ingressos: www.pulmoesespetaculo.com.br

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