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Ciberataque: por que o tempo de resposta é essencial?

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No universo cada vez mais interconectado dos negócios digitais, a segurança da informação se tornou uma frente estratégica para proteger os ativos de uma empresa. Não à toa, a crescente sofisticação e volume de ameaças cibernéticas colocam as organizações em constante alerta, exigindo uma resposta rápida e eficaz para proteger seus dados. 

Recentemente, uma pesquisa do Gartner revelou que 45% das organizações enfrentaram interrupções nos negócios associadas a ciberataques promovidos por terceiros nos últimos dois anos. Apesar do impacto, um estudo da Accenture revela que que 60% dos CEOs  ainda não integram a cibersegurança desde o início em suas estratégias de negócios, serviços ou produtos, enquanto 44%  acreditam que a segurança cibernética necessita de intervenção episódica, em vez de uma atenção contínua – o que pode ser bastante perigoso. 

O fato é que a velocidade de detecção e resposta pode determinar o impacto de um ataque, seja minimizando danos ou mitigando sua propagação. E isso só é possível com a implantação de uma ação integrada e proativa. É preciso ter em mente que a demora na identificação de uma ameaça pode permitir que ela se espalhe rapidamente. Um estudo realizado pela Infoblox, em parceria com a CyberRisk Alliance, mostrou que, no Brasil, 86% das organizações demoram cerca de 24 horas para investigar. 

Os prejuízos podem ir desde danos significativos à reputação da empresa, interrupção das operações e até mesmo perdas financeiras substanciais. Para se ter uma ideia, uma estimativa da Cybersecurity Ventures revelou que, até 2025, as perdas ocasionadas pelos ciberataques em todo o mundo devem chegar a US$10,5 trilhões por ano.

Como as organizações podem se proteger?

Entendemos que uma defesa eficaz contra ameaças cibernéticas requer uma abordagem multifacetada que combine tecnologia, talento humano qualificado e processos robustos. Além, é claro, de ferramentas de detecção e prevenção adequadas, que permitirão às equipes de segurança uma reação ágil e direcionada.

É fundamental, ainda, a implementação de protocolos de resposta a incidentes e planos de continuidade de negócios que podem ajudar a minimizar os impactos de um ataque e garantir uma recuperação rápida.

É importante ter atenção aos desafios

No entanto, apesar dos avanços na tecnologia, é preciso lembrar que os desafios continuam a crescer em complexidade e escala. Do mesmo modo que os sistemas de defesa evoluem, a sofisticação dos ataques também, incluindo ameaças como ransomware e phishing avançado, o que dificulta ainda mais para as organizações.

Além disso, a crescente adoção de tecnologias emergentes, como inteligência artificial e computação em nuvem, ampliam as possibilidades de ameaças ao introduzirem novos vetores. Hoje, mais do que nunca, lidar com esses obstáculos requer uma abordagem proativa e adaptável, com investimentos contínuos em treinamento e recursos tecnológicos.

Nesse contexto, outro ponto de atenção é o investimento em soluções voltadas para Backup e Recuperação de Desastres. Mesmo com medidas de segurança robustas em vigor, é fundamental que as empresas possuam soluções de Backup eficientes e confiáveis para garantir mais essa camada de proteção para suas informações, contribuindo para uma rápida recuperação em caso de perda de dados.

A conformidade regulatória

Os aspectos técnicos são fundamentais, mas é importante reconhecer que a segurança cibernética vai além da proteção de sistemas e dados. A conformidade regulatória, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), impõe exigências adicionais às empresas no que diz respeito à proteção de dados pessoais e à notificação de violações. Portanto, as organizações devem garantir que suas práticas de segurança estejam alinhadas com os requisitos legais e regulamentares.

A complexidade das infraestruturas de TI modernas e a conexão global aumentam a superfície de ataque, tornando ainda mais desafiador proteger os dados de uma empresa. Por isso, é essencial priorizar o tema, investindo recursos adequados e capacitando seus profissionais. Só assim é possível desenvolver a abordagem proativa necessária para a estratégia de segurança cibernética da organização. 

*Rodrigo Gazola é CEO e fundador da ADDEE, empresa de tecnologia que oferece soluções tecnológicas para a gestão de TI.

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