Descubra se existe casamento pago por governos, quais países oferecem benefícios para quem se casa e como funcionam esses incentivos.
O casamento é uma das instituições sociais mais antigas do mundo, mas em muitos países a taxa de matrimônio e de natalidade vem caindo de forma acelerada.
Para contornar esse problema, algumas regiões criaram programas de incentivo ao casamento, oferecendo benefícios financeiros e sociais para casais.
Esse fenômeno ficou conhecido popularmente como casamento pago por governos. Mas será que realmente existem países que pagam para se casar?
É mito ou verdade?
E, principalmente, como esses incentivos funcionam na prática?
Neste artigo, vamos detalhar quais países oferecem benefícios para quem se casa, mostrar os principais mitos em torno do tema e explicar se realmente vale a pena considerar essas oportunidades.
Casamento pago por governos: realidade ou mito?
Muita gente já ouviu falar em países que pagam para se casar, mas é comum que o assunto seja tratado de forma sensacionalista.
Manchetes afirmam que basta casar em determinado lugar para receber dinheiro do governo, o que não corresponde à realidade.
A verdade é que nenhum governo paga diretamente para uma pessoa se casar sem condições adicionais.
O que existe, de fato, são programas de incentivo ao casamento, ligados ao matrimônio e à formação de famílias, geralmente em regiões com baixa população, alto índice de envelhecimento ou êxodo rural.
Em vez de simplesmente “pagar para casar”, os governos oferecem benefícios como:
- Ajuda de custo em dinheiro para recém-casados.
- Isenções fiscais ou descontos em impostos.
- Subsídios para compra ou aluguel de casa.
- Incentivos para quem decide ter filhos após o casamento.
Ou seja, o casamento pago por governos existe, mas de forma indireta e com regras bem definidas.
Países que oferecem benefícios para quem se casa
1. Itália
A Itália é um dos exemplos mais citados quando se fala em países que pagam para se casar.
Muitas cidades pequenas e vilarejos italianos sofrem com despovoamento, já que os jovens migram para grandes centros.
Para atrair novos moradores, algumas regiões oferecem apoios financeiros e até casas a preços simbólicos para casais recém-casados que aceitam viver no local.
Além disso, o governo italiano em algumas regiões já concedeu subsídios de até €20 mil para casais jovens dispostos a morar em áreas rurais e reconstruir comunidades quase abandonadas.
2. Japão
O Japão enfrenta um dos maiores problemas demográficos do mundo: queda brusca da natalidade e envelhecimento acelerado da população.
Para tentar reverter a situação, diversas prefeituras locais oferecem bônus em dinheiro para casais recém-casados.
Em algumas cidades, esse valor pode chegar a ¥600.000 (cerca de R$ 20 mil), destinado a ajudar nos custos iniciais de casamento e habitação.
]Além disso, programas de apoio à natalidade oferecem mais benefícios caso o casal tenha filhos.
3. França
Na França, não existe um pagamento direto para o casamento, mas há uma série de incentivos fiscais e benefícios sociais que tornam a vida de casais mais vantajosa. O sistema de impostos francês, por exemplo, beneficia famílias que registram oficialmente sua união, reduzindo a carga tributária.
Além disso, em regiões menores, algumas prefeituras oferecem bônus para casais que escolhem morar e trabalhar localmente, ajudando a manter a economia ativa.
4. Espanha
A Espanha também é um país que enfrenta problemas de despovoamento em regiões rurais. Algumas cidades pequenas oferecem incentivos financeiros e até terrenos gratuitos para casais que decidem se mudar e construir família no local.
Esses benefícios não são exclusivos para o casamento em si, mas estão ligados à permanência no município, à geração de filhos e à contribuição para a economia local.
5. Portugal
Portugal segue a mesma linha da Espanha e da Itália. Vilarejos do interior, especialmente em áreas afastadas de Lisboa e Porto, oferecem condições especiais para atrair famílias jovens.
Entre os incentivos estão descontos em impostos municipais, subsídios para moradia e bolsas de apoio para recém-casados. Esses programas têm como objetivo revitalizar áreas rurais e equilibrar a pirâmide populacional.
6. Rússia
Na Rússia, o governo criou programas nacionais de incentivo à natalidade e ao casamento. Mulheres que têm filhos após o matrimônio recebem apoios financeiros, bônus de moradia e prêmios pagos pelo Estado.
Esse incentivo faz parte de uma estratégia do país para combater o declínio populacional e garantir maior estabilidade demográfica.
7. Coreia do Sul
A Coreia do Sul enfrenta uma das menores taxas de natalidade do mundo. Para incentivar jovens a se casarem e terem filhos, o governo oferece benefícios financeiros, bolsas de apoio e subsídios habitacionais para casais recém-casados.
Além disso, programas educacionais e de apoio infantil estão sendo expandidos para facilitar a vida de famílias jovens.
8. Canadá
Embora não haja um “pagamento para casar”, algumas províncias do Canadá oferecem incentivos de imigração que favorecem casais.
Em alguns casos, os pontos extras no sistema de imigração beneficiam quem comprova união estável ou casamento, aumentando as chances de residência permanente.
Assim, o casamento não gera pagamento direto, mas abre portas para benefícios de longo prazo, como imigração facilitada, acesso a bolsas de estudo e oportunidades de trabalho.
Casamento pago por governos: vale a pena?
Se a sua expectativa é casar em um país estrangeiro e receber um grande pagamento imediato, pode se decepcionar.
Mas, se o objetivo é construir família, morar em regiões menos povoadas e aproveitar incentivos locais, então sim, pode valer muito a pena.
Programas como esses ajudam tanto os governos quanto os casais:
- Os governos revitalizam áreas despovoadas.
- Os casais recebem apoio para começar a vida a dois.
Em resumo, o casamento pago por governos existe, mas de forma condicionada e indireta. Antes de acreditar em promessas de dinheiro fácil, é fundamental pesquisar as regras específicas de cada país ou região.
Conclusão
O conceito de casamento pago por governos pode soar estranho, mas é uma realidade em diversas partes do mundo.
Países como Itália, Japão, Portugal e Coreia do Sul criaram programas de incentivo que beneficiam casais, com foco em atrair novos moradores e combater a queda da natalidade.
Essas oportunidades não são uma fórmula mágica, mas sim estratégias de desenvolvimento social e econômico.
Para quem sonha em casar fora e começar uma nova vida, conhecer esses programas pode ser o primeiro passo para transformar um desejo em realidade.