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Caminhada trans em São Paulo pede políticas e cobra ação contra mortes

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Caminhada trans em São Paulo pede políticas e cobra ação contra mortes
Dia Nacional da Visibilidade Trans e Travesti

No Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebrado neste domingo (29), uma caminhada na Avenida Paulista, concentrada em frente ao Museu de Arte de São Paulo, reivindica políticas públicas específicas para essa população e lembra as mortes de pessoas transexuais e travestis no Brasil. O país lidera o ranking mundial pela 14ª vez, segundo estudo da Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Foram 131 assassinatos em 2022. A caminhada seguirá pela Rua Augusta para a Câmara Municipal, no centro.

 

A pastora Jacqueline Chanel é organizadora do ato em São Paulo. “Este é um protesto pela vida, porque nossas vidas importam, também para essa sociedade. Queremos mais direitos e políticas públicas para atender a nossa comunidade, de mulheres transexuais e homens trans”, afirma. Ela pontua que as ações do Poder Público devem ser transversais, na educação, na saúde, no emprego, na segurança pública, tendo em vista que essa população é impactada de diversas formas desde a infância.

 

Concentração da VI Caminhada Trans de São Paulo, que celebra o Dia Nacional da Visibilidade Trans e Travesti, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista.

Concentração da VI Caminhada Trans de São Paulo, que celebra o Dia Nacional da Visibilidade Trans e Travesti, no Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista. – Rovena Rosa/Agência Brasil

A pesquisadora e feminista Hailey Kaas, 30 anos, conta que a adolescência, antes que se percebesse como uma mulher trans, foi um período muito difícil. “Sofri bullying, como muitas pessoas trans, mas felizmente pude fazer faculdade, coisa que muita gente trans não tem. Sou exceção na regra”, relatou. Entre tantas pautas a avançar, ela considera que há, atualmente, uma visibilidade maior para as questões trans, inclusive em relação às demandas necessárias para essa comunidade.

 

“Passa por várias esferas da sociedade, não é só ‘eu me sinto de uma forma diferente’, mas, pra isso, eu tenho que ter saúde, hormonioterapia, o SUS [Sistema Único de Saúde] tem que cobrir cirurgia, e essa foi uma luta dos últimos anos”, enumera. Hailey acrescenta a conquista do uso do nome social em órgãos públicos e documentos. “Isso facilitou que a gente conseguisse emprego, a gente não é constrangido nos espaços que tem que dar o nome e o RG, em que pese ainda a gente ter que ir em cada órgão fazer a alteração.”

 

Pedro Silvério, 28 anos, é voluntário do Instituto Brasileiro de Transmasculinidades e ajuda outras pessoas trans. “Eu encontrei um amigo na rua, que me disse que era homens trans e, no mesmo momento, eu percebi que era aquilo. Fui atrás, pesquisei. Estar num ato como hoje é mágico, chegar aqui e se sentir em casa. Os nossos corpos são invisibilizados”, conta. Para ele, a saúde mental é um aspecto fundamental na abordagem de saúde para essa população. “A gente sofre muita violência. Muito importante esse reforço, tanto no SUS, como nas instituições privadas.”

 

Edição: Juliana Andrade/Agência Brasil/ foto Rovena Rosa

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