O BRZ, maior stablecoin (moeda estável) da América Latina emitido pela Transfero, e a Solana Foundation, dona da blockchain que está permitindo transações baratas e velozes, lançaram em parceria um fundo de US$ 20 milhões, aproximadamente R$ 100 milhões, para financiar prioritariamente projetos na blockchain Solana no Brasil. Os projetos serão selecionados a partir dos inscritos na etapa brasileira do hackathon Solana, que aconteceu entre 15 de maio e 7 de junho, e de inscrições diretas, que podem ser feitas no link.
Essa é a maior iniciativa de funding de projetos relacionados ao setor de criptomoedas já ocorrida no Brasil. Totalmente fomentado por empresas do setor, o investimento reforça o compromisso da stablecoin BRZ em investir na economia brasileira, bem como atrair capital e talentos tecnológicos para o ecossistema crypto no país. Diferentemente dos fundos de Venture Capital tropicais, que buscam negócios que já deram certo, o fundo buscará projetos early-stage de verdade.
Para se ter uma ideia da magnitude desse investimento, o aporte é equivalente ao recebido por martechs brasileiras – empresas de marketing e tecnologia – no primeiro bimestre de 2021. Segundo a Solana, esses novos fundos foram constituídos para liderar o crescimento e desenvolvimento tecnológico do Brasil. Países emergentes são os que mais devem se beneficiar das aplicações em blockchain.
“Trabalhar em conjunto com a Solana trará inovação e desafiará ineficiências inerentes ao sistema financeiro do Brasil”, afirma Thiago Cesar, CEO da Transfero, emissora do BRZ. “Temos os meios para ajudar os projetos locais pensar globalmente e dimensionar suas soluções internacionalmente. Esse é o ethos de empresas que já nasceram no meio dos criptoativos. Estamos nessa jornada desde o começo.”
Entre os primeiros quatro projetos já selecionados para receber o investimento estão o FTT, criptomoeda criada pela exchange FTX, a Serum, exchange descentralizada, DeFi Land, jogo online que emula o ambiente de finanças descentralizadas, e Parsiq, plataforma de dados e automação. No total, já estão sendo investidos mais de US$ 2 milhões nos projetos, que são todos internacionais, já que a iniciativa faz parte de um projeto global. No entanto, a expectativa é atrair e fomentar especialmente projetos brasileiros de cripto.
Iniciativa global vai financiar até US$ 60 milhões
A iniciativa faz parte de uma ação maior da Solana Foundation envolvendo outros países, como Rússia, Índia e Ucrânia, que pretende disponibilizar um total de US$ 60 milhões para o desenvolvimento de novos projetos na blockchain. Nesse contexto, participam também da ação a Hacken Foundation, Gate.io e a Coin DCX.
“A Solana acredita que os mercados emergentes têm um potencial imenso e está empenhada em viabilizar projetos e serviços importantes nessas regiões ”, disse Anatoly Yakovenko, presidente da Fundação Solana.