Quarteto volta a se reunir, lança single, celebra Grammy, traz para as plataformas digitais dois álbuns clássicos e, em festa pela indicação ao Prêmio da Música Brasileira, reencontro será dia 29 de junho no Recife.
“De forma inesperada, surpresa revelada: milagre, aparição. Vertigem ou miragem, esfinge na paisagem: atinge o coração”
Os primeiros versos da novíssima canção parecem trazer embutida a notícia que já corria à boca pequena, mas que agora é oficial. O que era vertigem, miragem para os fãs de música brasileira, tornou-se milagre, aparição. Eis a surpresa revelada: o Boca Livre voltou! A separação, ocorrida em 2021, causada evidentemente pelas confusões da pandemia e as discordâncias da vida brasileira nos últimos anos, mostrou-se apenas uma pequena interrupção na trajetória de 45 anos do grupo. A velha amizade e principalmente a harmonia – musical em geral e vocal em particular – venceram.
O quarteto, que acaba de ser indicado ao Prêmio da Música Brasileira como Melhor Grupo de MPB, volta a se reunir para lançar single, celebrar Grammy, trazer para as plataformas digitais dois álbuns clássicos e, claro, fazer shows. No Recife, o reencontro acontece dia 29 de junho, no Teatro RioMar – os ingressos estão disponíveis em uhuu.com e na bilheteria do Teatro.
OS SINAIS
Aparentemente conformados, ao contrário dos fãs, com a definitiva separação, David Tygel, Lourenço Baeta, Maurício Maestro e Zé Renato começaram a receber, no entanto, sinais de que não era bem assim. O primeiro foi no início do ano passado, quando o Boca Livre ganhou o Grammy de Melhor Álbum de Pop Latino com “Pasieros”, no qual, a convite do compositor, interpretam a obra do panamenho Rubén Blades, disco gravado em 2011, mas lançado somente em 2022. Trabalho atualíssimo que o grupo não teve oportunidade sequer de divulgar. Atrasados por causa de um engarrafamento de limusines em Los Angeles, David Tygel e Zé Renato chegaram à cerimônia de premiação um pouco depois de Lourenço Baeta agradecer num inglês assustado ao importantíssimo prêmio. Juntos, os três ligaram para Maurício Maestro, que ficara no Brasil. Primeiro reencontro.
O segundo sinal foi a intenção do produtor original dos LPs, João Mário Linhares, de relançar nas plataformas digitais os dois primeiros – e míticos – discos do Boca. Ou seja, o destino estava a dizer que, sim, o Boca Livre tinha um presente a viver: festejar, badalar e até quem sabe levar para o palco um disco novo que ganhou o prêmio internacional mais importante da indústria musical. E tinha um passado para cuidar: trazer para o mundo digital o álbum inaugural “Boca Livre” (1979), famoso como fenômeno do disco independente que lançou o grupo e consagrou clássicos da música brasileira como “Quem tem a viola”, “Toada”, “Mistérios”, “Diana”, entre muitos outros; e o não menos importante álbum “Bicicleta” (1980), com outros clássicos e a participação de ninguém menos do que Tom Jobim em duas faixas (“Correnteza” e “Saci”) e do percussionista Naná Vasconcelos. Nas plataformas digitais, os álbuns chegaram em setembro de 2023.
Passado para cuidar, presente para viver. E o futuro? Foi escancarado justamente pela canção citada no início deste texto, “Rio grande”, música novíssima de Zé Renato e Nando Reis – a primeira de um Boca Livre com um integrante dos Titãs, como se os anos 80 se unissem numa canção. Logo na primeira reunião, a composição foi percebida como ideal para marcar o retorno do grupo à música. Lançada em outubro passada, é nova e original o suficiente, mas com sua harmonia calcada no violão com cordas soltas, espaço para viola, solos vocais e aberturas de vozes, a temática da letra cheia de alusões à natureza que a faziam parecer também já um clássico do Boca Livre.
A volta aos shows em novembro de 2023 e até um documentário sobre a trajetória do grupo, feito pela premiada diretora Susanna Lira (de “Clara Estrela”, sobre Clara Nunes), completam as muitas ações que parecem querer compensar com sobras os anos de ausência do grupo.
SOBRE A OPUS ENTRETENIMENTO
Celebrando 48 anos de atividade, a Opus Entretenimento é a maior plataforma de shows e entretenimento ao vivo do Brasil. Comprometida com a excelência em todos os projetos em que se envolve e por acreditar no poder transformador da tríade cultura, conteúdo e experiência, a empresa promove grandes produções nacionais e internacionais, além da carreira de artistas renomados. Foi reconhecida pela Associação Brasileira de Promotores de Eventos (ABRAPE) e pela AMBEV como umas das empresas que possui as melhores práticas, ações e contribuições para implementação de práticas Environmental, Social and Governance (ESG) em eventos públicos e privados. A Opus Entretenimento possui o selo PRESE e é pioneira no Prêmio de Responsabilidade Empresarial no Setor de Eventos – PRESE 2023, que analisou e mapeou as iniciativas mais inovadoras em ESG no setor. Administradora de dez casas de espetáculos pelo país nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, responsável por receber mais de dois milhões de espectadores por ano, a marca se orgulha em ser a promotora responsável pela vinda de um dos conteúdos mais amados por gerações de brasileiros: o Disney On Ice. Com décadas de existência, a atração vem se renovando a cada ano e continua sendo um dos espetáculos preferidos de toda a família no Brasil e no mundo. A Opus Entretenimento também realizou grandes turnês internacionais como Hanson, shows internacionais de Ray Charles, Norah Jones, Justin Bieber, Avril Lavigne, Paramore, Evanescence. Para mais informações, www.opusentretenimento.com
SERVIÇO
Boca Livre
Dia 29 de junho, às 21h
Teatro RioMar: RioMar Shopping – Av. República do Líbano, 251, Piso L4, Pina
Informações: www.teatroriomarrecife.com.br
Ingressos:
Plateia baixa: R$ 260 e R$ 130 (meia)
Plateia alta: R$ 220 e R$ 110 (meia)
Balcão: R$ 150 e R$ 75 (meia)
À venda no site uhuu.com e na bilheteria do teatro (terça a sábado, das 14h às 20h, exceto feriados).
Link: https://uhuu.com/evento/pe/recife/boca-livre-13095