Redação – Vanessa Martins
O desenvolvimento de tecnologias na área da oftalmologia tem transformado o cenário dos procedimentos cirúrgicos no Brasil, especialmente na cirurgia de catarata e na correção facorrefrativa. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) apontam que, no país, são realizadas cerca de 500 mil cirurgias de catarata por ano, sendo este o procedimento oftalmológico mais realizado no mundo. No Piauí, esse movimento acompanha a tendência nacional, com aumento da procura por métodos mais modernos, capazes de oferecer não apenas o tratamento da catarata, mas também a correção de erros refrativos, como miopia, astigmatismo e hipermetropia.
De acordo com o médico oftalmologista Dr. Rodrigo Venâncio, que atua na área, a evolução da técnica permitiu que a cirurgia de catarata deixasse de ser um procedimento exclusivamente reparador, passando a ser também uma alternativa para quem busca independência dos óculos. “Hoje, é possível oferecer uma cirurgia personalizada, que além de remover a catarata, permite corrigir problemas refrativos por meio do implante de lentes intraoculares premium. O paciente não ganha apenas qualidade de visão, mas também mais autonomia no dia a dia”, afirma.
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A cirurgia de catarata é realizada a partir de uma técnica chamada facoemulsificação, na qual o cristalino opacificado é fragmentado com ultrassom e substituído por uma lente intraocular. Atualmente, a utilização de lentes premium — multifocais, tóricas ou de foco estendido — tem ampliado as possibilidades de correção visual, ajustando não apenas a visão para longe, mas também para distâncias intermediárias e curtas, conforme a necessidade de cada paciente.
Segundo especialistas, a realização desse tipo de procedimento exige formação médica específica e capacitação constante. O título de especialista em oftalmologia no Brasil é regulamentado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), órgão responsável por certificar profissionais que concluíram residência médica reconhecida ou passaram por processos rigorosos de avaliação técnica. Além disso, é comum que os profissionais mantenham vínculo com entidades nacionais e internacionais, como a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Catarata e Cirurgia Refrativa e a American Society of Cataract and Refractive Surgery, que oferecem atualização permanente sobre avanços científicos e tecnológicos na área.
Com mais de 17 mil cirurgias realizadas, Dr. Rodrigo destaca que a etapa de planejamento é uma das mais importantes do processo. Exames como tomografia de córnea, biometria de última geração e análise do filme lacrimal são fundamentais para definir qual lente é mais adequada e quais ajustes devem ser feitos para garantir precisão nos resultados. “A tecnologia tem papel central. Ela nos permite avaliar a anatomia ocular do paciente de forma extremamente detalhada, o que impacta diretamente na segurança da cirurgia e na qualidade da visão pós-operatória”, explica.
Estudos divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) reforçam que a catarata ainda é a principal causa de cegueira reversível no mundo, especialmente em populações acima dos 60 anos. A expectativa de vida da população brasileira, que vem aumentando nas últimas décadas, também impulsiona a busca por procedimentos que preservem a qualidade da visão por mais tempo.
Além disso, especialistas destacam que a procura por lentes premium não está associada apenas a questões estéticas ou de conforto, mas principalmente à funcionalidade. Pacientes relatam ganhos significativos em sua autonomia, seja para dirigir, ler, trabalhar ou realizar atividades cotidianas sem depender constantemente dos óculos.
No Piauí, a adesão a essas técnicas segue em crescimento, acompanhando o avanço observado nas grandes capitais do país. A combinação de tecnologia, precisão cirúrgica e lentes de última geração tem permitido resultados que, há alguns anos, eram considerados inalcançáveis para quem passava pelo procedimento de catarata.