Aumento de matrículas em creches e pré-escolas visto como positivo pela Undime após período de pandemia

De acordo com o último Censo Escolar divulgado em 8 de fevereiro, houve um aumento nas matrículas em creches e pré-escolas após um período de agravamento da pandemia de covid-19 que ampliou a desigualdade no acesso à educação infantil. O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Miguel Garcia, enfatiza a importância de garantir que essa retomada reduza as disparidades e ofereça vagas de qualidade para todas as crianças, independentemente da cor, renda ou localização. Ele destaca a necessidade de uma política efetiva e criteriosa de geração de vagas em creches, especialmente para as famílias mais vulneráveis, e de apoio do governo federal neste sentido.

Além disso, Garcia aponta a informalidade no mercado de trabalho como um dos fatores que agravou as desigualdades durante a pandemia e destaca a importância de uma rotina estável para o aprendizado infantil. Uma pesquisa realizada pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal em parceria com o Unicef e a Undime revelou que a frequência escolar na pré-escola era menor entre as crianças negras, pardas e indígenas, bem como entre as crianças de mães mais vulneráveis socialmente.

O Censo Escolar de 2022 mostra que, após uma queda entre 2019 e 2021, houve um aumento nas matrículas em creches, com crescimento de 8,9% na rede pública e de 29,9% na rede privada de ensino.

Isso é, sem dúvida, uma notícia positiva, pois indica que houve uma retomada na procura por educação infantil após um período de dificuldades durante a pandemia. No entanto, é importante destacar que ainda existem desigualdades e disparidades que precisam ser abordadas para garantir que todas as crianças tenham acesso a uma educação de qualidade.

Como mencionado pelo presidente da Undime, a informalidade no mercado de trabalho e a falta de políticas efetivas de geração de vagas em creches são problemas que precisam ser abordados para garantir que as crianças mais vulneráveis tenham acesso à educação. Além disso, é preciso levar em consideração a necessidade de uma rotina estável para o aprendizado infantil, o que pode ser afetado por questões como a falta de acesso à tecnologia e aos recursos para educação a distância.

Por isso, é importante que o governo federal e as autoridades educacionais trabalhem juntos para garantir que as crianças tenham acesso a uma educação infantil de qualidade e que sejam apoiadas na superação das desigualdades e disparidades existentes.