Economia
Aparelhos de ar condicionado mudam forma de medir consumo de energia
																								
												
												
											Todos os aparelhos de ar condicionado fabricados a partir do dia 1º deste mês devem apresentar a nova etiqueta do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), após mudança da métrica de consumo desses equipamentos. A nova etiqueta mostra, entre outras vantagens, quanto tempo o aparelho é usado por ano. Os equipamentos ganham classificação de A a F, duas letras a mais que na etiqueta antiga, sendo os de classificação A os mais eficientes.
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Nova etiqueta do Inmetro para aparelhos de ar condicionado ganha mais duas letras para medir eficiência. Agora vai de A a F
A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia foi criada após a Portaria Inmetro nº 269, de 2021. A analista do Inmetro Danielle Assafin, responsável pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) para condicionadores de ar, disse à Agência Brasil que foi adotada uma nova tecnologia, chamada inverter, para classificar os aparelhos, seguindo tendência mundial. Segundo Danielle, o inverter “é o coração do ar-condicionado, que vai pulsando e fazendo com que o fluido refrigerante circule no interior do equipamento”.
Dependendo da temperatura externa, do uso do aparelho pelo consumidor, o compressor vai alcançando velocidades distintas. “E isso traz para o país uma brutal economia de energia. Em determinados casos, estudos de fabricantes mostram que a economia alcança até 60% de energia”, disse Danielle.
Vantagens
De acordo com Danielle, a nova forma de medir o consumo de energia dos produtos consegue enxergar a eficiência do compressor inverter, e, além disso, identifica quanto o ar-condicionado é usado no ano. Antes, era considerado um ciclo mensal de consumo de energia, presumindo que o consumidor ia usar o aparelho durante uma hora por dia. Agora, não. Há uma tabela, criada pelo Inmetro em parceria com o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), da Eletrobras, que diz quantas horas o aparelho é usado no ano para cada temperatura.
O novo critério considera o consumo de energia do condicionador de ar e o hábito de consumo do brasileiro durante todo o ano. Pelo critério anterior, era feito apenas o teste em plena carga, mas agora mais pontos de testes foram adotados para que fosse possível capturar a performance sazonal.
Além disso, foi usada no cálculo uma quantidade de horas de uso mais condizente com a realidade dos consumidores. No critério anterior, considerava-se que o condicionador de ar funcionava apenas 30 horas por mês; agora passam a ser consideradas 2.080 horas de uso por ano, o que leva a um resultado de consumo de energia, mostrado em etiqueta, muito mais realista.
“A gente consegue medir de maneira mais precisa o consumo de energia do ar-condicionado, porque há mais informação de quantas horas o aparelho é usado no ano”. Para Danielle, o novo método traz dois ganhos. O primeiro é permitir que se calcule de maneira mais justa o quanto a tecnologia de compressor inverter consegue economizar de energia. Isso foi possível com a introdução do método da carga parcial.
Outra vantagem é que ele considera, para cálculo do consumo de energia não mais um ciclo genérico, que era de uma hora por dia por mês, mas por ano. “Agora, a gente passa a considerar quantas horas o produto é utilizado para cada temperatura no Brasil, bem como o percentual de incidência de cada temperatura. Isso agrega uma precisão muito maior no cálculo do consumo”. Com a mudança na etiqueta dos aparelhos, o consumo de energia medido passa a ser anual.
A segunda mudança diz respeito às classes de energia. As classificações técnicas se tornaram também mais rigorosas. “Para ser nível A, o produto vai precisar ter eficiência maior do que tinha antes.”
Adaptação
O prazo para os fabricantes se adaptarem à nova norma era até 31 de dezembro do ano passado. Isso significa que só podem ser fabricados de aparelhos condicionadores de ar residenciais até 36 mil BTUs com a nova etiqueta. Já os comerciantes terão prazo até 30 de junho de 2024 para se adaptar. Até lá, o consumidor vai conviver com as duas etiquetas de classificação dos produtos.
Danielle Assafin afirma que o consumidor deve sempre adquirir o produto de maior eficiência, que tem classificação A. “O produto com tecnologia inverter consome comprovadamente menos energia”. Quando há vários produtos com eficiência A, convém verificar outra informação na etiqueta, que é o consumo de energia. No site do Inmetro, o consumidor pode consultar a tabela com todos os modelos e sua participação na nova etiqueta. As novas etiquetas dispõem de um QR Code para acessar a base de produtos registrados no Inmetro, o que permite ao consumidor consultar e comparar a eficiência energética dos equipamentos.
Apoio
A analista do Inmetro destacou o apoio recebido da Rede Kigali em todo o processo de revisão da etiqueta. Composta por várias instituições, a rede objetiva ajudar a mudar o perfil de consumo de energia dos aparelhos de ar condicionado no Brasil, para que se aproximem das práticas internacionais. Para o coordenador da Rede Kigali, Rodolfo Gomes, a nova etiqueta traz avanços relevantes em relação ao modelo anterior, vigente há 14 anos, com a adoção de uma nova norma de desempenho de eficiência energética e novos índices de eficiência energética.
Rodolfo Gomes ressaltou também a importância da mudança para o meio ambiente. Equipamentos mais eficientes ajudam não só a população a economizar na conta de luz como também a diminuir a quantidade de hidrofluorcarbonos (HFCs), que são gases causadores do efeito estufa, lançados no meio ambiente.
Ag. Brasil
Economia
GAC-PE traz uma ampla variedade de produtos no Quiosque Solidário do RioMar Recife em novembro
														O Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer de Pernambuco (GAC-PE) ocupa o Quiosque Solidário do RioMar Recife em novembro. Durante todo o mês, o espaço oferta oportunidades de compras que terão o valor arrecadado revertido para a instituição, com produtos a partir de R$ 5. O Quiosque Solidário, em parceria com o Instituto JCPM de Compromisso Social, fica localizado no Piso L1, em frente da loja O Boticário.
No local é possível comprar produtos artesanais e outros produzidos pelos voluntários do GAC-PE, além de itens de decoração, artigos do lar, necessaires, macramês, bonecas, copos térmicos, chaveiros, laços, entre outros produtos.
O GAC-PE é um grupo focado na prestação de assistência social humanizada às crianças, adolescentes e jovens com câncer em tratamento no Centro de OncoHematologia Pediátrica (CEONHPE) do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC).
Sobre o Quiosque Solidário
O Quiosque Solidário é uma iniciativa de estímulo à geração de renda através da venda de artigos personalizados e artesanatos produzidos por voluntários e pessoas atendidas por instituições filantrópicas reconhecidas pela atuação em causas como acolhimento de crianças, tratamento de câncer, pessoas em situação de rua, mães de crianças com doenças raras, entre outras. Com curadoria do Instituto JCPM de Compromisso Social, a cada mês uma entidade diferente ocupa o espaço colaborativo.
Economia
Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026
														A Receita Federal tornará obrigatória, a partir de 1º de janeiro de 2026, a identificação por CPF de todos os cotistas finais de fundos de investimento — medida voltada ao combate à lavagem de dinheiro, pirâmides financeiras e ocultação de patrimônio.
Destaques:
- O que muda com a nova regra da Receita Federal
 - Como funcionará o formulário digital de beneficiários finais
 - Quem está obrigado — e quem está isento
 - Impacto na fiscalização e lições da Operação Carbono Oculto
 
A partir de 1º de janeiro de 2026, o anonimato em fundos de investimento chega ao fim. A Receita Federal publicou nesta sexta-feira (31) uma instrução normativa que obriga administradores a informar o CPF dos cotistas finais — ou seja, das pessoas físicas que efetivamente detêm, controlam ou se beneficiam dos investimentos.
A medida, anunciada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, visa aumentar a transparência do sistema financeiro e dificultar o uso de estruturas complexas para esconder origens ilícitas de recursos. “Agora, todos os fundos vão ser obrigados a dizer até o CPF. Se for um esquema de pirâmide, você vai ter que chegar no CPF da pessoa”, afirmou Haddad em entrevista coletiva em São Paulo.
Ferramenta digital centraliza dados
Para cumprir a nova exigência, será implantado o Formulário Digital de Beneficiários Finais (e-BEF) — uma plataforma eletrônica em que instituições financeiras e administradores de fundos deverão registrar os dados dos verdadeiros titulares dos ativos. O formulário poderá ser pré-preenchido com informações já existentes na base da Receita, facilitando a adesão.
As informações coletadas serão integradas ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e cruzadas com outras bases públicas, como as do Banco Central e do Coaf, ampliando o poder de fiscalização. A Receita também passará a receber mensalmente os relatórios 5.401 e 5.402, que detalham cotistas, patrimônio líquido e número de cotas — dados antes restritos ao BC.
Quem precisa cumprir — e quem não precisa
A obrigatoriedade atinge sociedades civis e comerciais, associações, cooperativas, fundações inscritas no CNPJ, além de fundos de investimento no Brasil e no exterior que operem no país. Entidades estrangeiras sem influência significativa em empresas nacionais também deverão declarar seus beneficiários.
Estão isentos:
- Empresas públicas e sociedades de economia mista
 - Companhias abertas e suas controladas
 - Microempreendedores individuais (MEIs)
 - Sociedades unipessoais
 
O prazo para adequação é de 30 dias após a entrada em vigor da regra para cada grupo. Quem descumprir pode ter o CNPJ suspenso, contas bancárias bloqueadas e sofrer multas.
Lições do combate ao crime financeiro
A iniciativa nasce diretamente das investigações da Operação Carbono Oculto, deflagrada em 2025 na Avenida Faria Lima (SP), que apurou lavagem de dinheiro por meio de fundos exclusivos. “Pessoas que fazem as coisas licitamente acabam se misturando com pessoas que têm fachada bonita, mas por trás há crime organizado da pesada”, alertou Haddad.
O ministro reforçou que a medida faz parte de um esforço mais amplo contra a sonegação fiscal e o capital ilícito, que também inclui o combate a criptoativos não declarados e fundos offshore. “Estamos combatendo isso desde que chegamos, dando transparência, cobrando imposto e fazendo a pessoa colocar o CPF para sabermos quem é”, disse.
Com essa mudança, o Brasil alinha-se a padrões internacionais de conformidade tributária e combate ao financiamento do crime — e, diga-se, dá um passo decisivo para separar o trigo do joio no mundo dos investimentos. Afinal, transparência não é burocracia: é proteção ao cidadão honesto.
Economia
Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor
														Trabalhadores terão limites de valor e prazo para antecipar parcelas; governo visa proteger poupança em caso de demissão e preservar fundo para habitação.
Destaque:
· Limites de valor e número de parcelas
· Objetivo: proteger trabalhador e recursos do FGTS
· Como fica a adesão e a antecipação
As regras mais restritivas para o saque-aniversário do FGTS entram em vigor a partir deste sábado (1º). A mudança, aprovada pelo Conselho Curador do FGTS e implementada pela Caixa, estabelece um teto para antecipações — com impacto direto para os 21,5 milhões de trabalhadores (51% das contas ativas) que já aderiram à modalidade.
A principal novidade são os limites contratuais. Agora, cada parcela antecipada deve ficar entre R$ 100 e R$ 500. No primeiro ano, é possível antecipar até cinco parcelas (R$ 2,5 mil no total). A partir de 2026, o máximo cairá para três parcelas anuais (R$ 1.500). Além disso, o trabalhador terá de esperar 90 dias após a adesão para solicitar o empréstimo e só poderá fazer uma operação por ano.
O governo justifica a medida como uma proteção ao trabalhador. A antiga flexibilidade, sem limites, levava muitos a comprometerem todo seu saldo futuro. Em caso de demissão, ficavam sem o amparo do FGTS — que continuava bloqueado como garantia para o banco. “O trabalhador, ao ser demitido, muitas vezes se vê sem recursos”, explicou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
A medida, diga-se, também busca blindar os cofres do FGTS. O fundo, que movimentou R$ 52,3 bilhões em financiamentos habitacionais no primeiro semestre, via sua capacidade de investimento ameaçada pelo volume de antecipações. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a classificar a prática anterior como “uma das maiores injustiças contra o trabalhador”.
Para o segurado, a recomendação é reavaliar a adesão. A opção pelo saque-aniversário — feita via aplicativo ou agências da Caixa — significa abrir mão do saque integral na demissão sem justa causa, mantendo apenas o direito à multa rescisória. Com as novas regras, a antecipação deixa de ser uma fonte ilimitada de crédito para se tornar uma opção pontual e controlada.
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