Teatro
Aclamado pelo público e pela crítica, espetáculo volta a São Paulo, no dia 12 de janeiro, para uma curta temporada no Teatro Bravos ‘O Profeta’
Releitura filosófica da obra de Gibran Khalil Gibran traz a força de suas parábolas permeadas por trilha ao vivo, baseada em pesquisas sobre a música árabe clássica e folclórica
“O livro, realmente, é um primor. Uma obra-prima, assim como a peça baseada nele… numa atmosfera de enlevo e encantamento a peça é um convite para sermos dignos da vida e a viver ao nível do que há de mais elevado em nós”.
Gilberto Bartholo
Link para a crítica completa
https://oteatromerepresenta.blogspot.com/2023/10/o-profeta-ou-o-que-o-mundo-precisa.html
O Profeta é um dos livros mais lidos do mundo. A obra de Gibran Khalil Gibran trata de temas como o amor, filhos, trabalho, alegria, tristeza e morte entre outros. Publicado em 1923, no ano de seu centenário ganhou uma releitura filosófica assinada por Lúcia Helena Galvão. Inédito nos palcos do país, a montagem é sucesso desde a sua estreia em Fortaleza, em 2022. O espetáculo foi apresentado no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Belém e retorna a São Paulo para uma curtíssima temporada no Teatro Bravos. Serão 9 apresentações, de 12 de janeiro a 4 de fevereiro.
A montagem repete a parceria entre Galvão e o encenador Luiz Antônio Rocha, (indicado ao prêmio Shell 2019 por Paulo Freire, O Andarilho da Utopia), iniciada com a bem sucedida Helena Blavatsky, a voz do silêncio. “Foi na busca para melhorar o mundo e o ser humano, por meio do teatro e da filosofia, que surgiu este novo projeto, onde o amor é o fio condutor da história e nos faz redescobrir o papel do coração” fala o diretor sobre o espetáculo.
No papel título, o músico e cantor libanês Sami Bordokan. “Fiquei receoso quando fui convidado para o monólogo já que O Profeta é meu livro de cabeceira desde garoto e sabia da entrega para o papel, mas aceitei o desafio” fala Sami, que viveu a sua juventude em um vilarejo no norte do Líbano. Pesquisador de música árabe clássica e folclórica, seu estilo de tocar o alaúde e de cantar, incluindo o místico canto oriental, é único. Em cena ele está acompanhado de William Bordokan que apresenta uma variedade de sons e ritmos, utilizando outros instrumentos ancestrais como a flauta nay, a rabab e a derbak. Os irmãos ainda assinam a direção musical.
Em doze ensaios poéticos, baseados na obra de Gibran, a história desafia o vazio e descortina a beleza da vida em temas profundos abordados com a ternura e a sabedoria que vem do Oriente. Numa atmosfera de enlevo e encantamento a peça é um convite para sermos dignos da vida e a viver ao nível do que há de mais elevado em nós.
“Um espetáculo para ver, rever e se tornar consciente de que tudo opera na força motriz da natureza.”
Leonardo Marins – Crítico de teatro
Sinopse
O profeta All Mustafa está prestes a embarcar em um navio para retornar a sua terra natal após um ciclo de doze anos de exílio na cidade de Orfhalese. No dia da partida, antes da chegada iminente de seu navio, os habitantes da pequena cidade pedem a ele que lhes fale sobre as questões fundamentais da condição humana. E assim, o profeta responde com reflexões que, na sua aparente simplicidade, revelam uma compreensão profunda da vida e do processo de existir.
“Ali, na plateia, nós somos esses habitantes, esperando a sabedoria do andarilho. Sedentos por conhecimento que nos eleve. Tanto o texto original de Khalil Gibran, quanto a releitura de Lúcia Helena Galvão trazem essa capacidade de serem guias para uma evolução. E, afinal, não é para isso que estamos aqui? ”
Alvaro Talarico – Crítico de teatro
Serviço:
“O Profeta”
Texto: Lúcia Helena Galvão
Interpretação: Sami Bordokan
Encenação: Luiz Antônio Rocha
Participação especial: William Bordokan
Estreia: dia 12 de janeiro, sexta-feira, às 20h
Temporada: de 12 de janeiro a 4 de fevereiro, sábados às 20h e domingos, às 17h.
Ingressos: R$ de 70 a R$ 160
Duração: 80 minutos
Recomendação: Livre
ingressos online: https://bileto.sympla.com.br/event/88448?utm_source=site-symplabileto-production&utm_medium=webapp_share&utm_campaign=webapp_share_event_88448
Bilheteria:
De terça à domingo das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo.
Formas de Pagamentos aceitas na bilheteria: Aceitamos todos os cartões de crédito, débito e dinheiro. Não aceitamos cheques.
Local: TEATRO BRAVOS
Rua Coropé, 88 – Pinheiros
Complexo Aché Cultural, entre as Avenidas Faria Lima e Pedroso de Morais.
Abertura da casa: 1 horas antes de cada horário de espetáculo
Café no 3º andar
Capacidade da casa: 611 lugares
Acessibilidade para deficiente físico e obesos
Estacionamento: MultiPark – R$ 39,00 (até 3 horas)
Respeitando a acessibilidade, o Teatro Bravos ainda conta com elevadores e escadas rolantes de acesso à sala de espetáculos em todos os andares, além de seis posições para cadeirantes e seis poltronas para obesos.
Ficha técnica
Texto: Lúcia Helena Galvão
Interpretação: Sami Bordokan
Encenação: Luiz Antônio Rocha
Participação especial: William Bordokan
Cenário e Figurinos: Eduardo Albini
Projeto de Luz: Ricardo Fujii
Direção musical: Sami Bordokan e William Bordokan
Assistente de direção: Hanna Perez
Vídeo mapping: Júlio Mauro / Cine Mauro
Direção de arte: Eduardo Albini
Preparação corporal e direção de movimento: Hanna Perez
Caracterização: Mona Magalhães
Adereços e efeitos: Nilton Araújo
Artista têxtil: Priscila Pires
Costureira: Marcela G. F. Artusi
Parceria: Nova Acrópole Brasil
Produção Executiva: Luiz Antônio Rocha
Produção: Espaço Cênico Produções Artísticas
Teatro
The Jury Experience garante experiencia imersiva no Teatro RioMar Recife
Neste domingo (02/11), o Teatro RioMar Recife recebe o The Jury Experience, que apresenta o caso “Morte pela IA: quem paga o preço?”. Neste drama emocionante, o público se torna o júri e, ao final, decide quem é o culpado e quem é o inocente. O espetáculo, que promete atrair os amantes de casos criminais, começa às 19h30.
A apresentação traz como dilema moral a seguinte situação: um carro autônomo desviou para evitar um acidente e acabou tirando uma vida. A plateia será responsável por julgar quem deve ser responsabilizado, o criador, o proprietário ou a tecnologia. Ao longo da encenação, o público precisará responder perguntas enquanto analisa depoimentos e provas em busca de uma resolução.
O espetáculo proporciona ao público a experiência de participar de um julgamento imersivo. Neste tribunal, tudo é posto à prova, as crenças sobre culpa, inocência e o verdadeiro significado de justiça e moral são colocadas à prova. A montagem transporta o teatro ao vivo para um novo patamar, colocando o público no centro da ação.
The Jury Experience promete uma vivência realista de um julgamento, é apresentado pela Fever e integra a agenda cultural de novembro do Teatro RioMar Recife. Os ingressos podem ser adquiridos no site da Fever(https://feverup.com/m/395121).
Teatro
We call it ballet recria o clássico A bela Adormecida com apresentação no Teatro RioMar Recife
O Teatro RioMar Recife será palco de um espetáculo que promete encantar o público. “We Call It Ballet” apresentará o clássico “A Bela Adormecida” de maneira inédita, em um show de danças e luzes. A apresentação acontece neste domingo, 2 de novembro, às 16h.
O show reúne um seleto grupo de bailarinos com trajes iluminados que brilham no escuro. O ballet clássico se une à tecnologia para criar uma experiência emocionante, em que os dançarinos iluminam o palco com coreografias brilhantes e a magia das luzes.
O clássico “A Bela Adormecida” é recriado e adaptado para o universo do ballet, trazendo o conto da princesa amaldiçoada que é despertada pelo beijo de um amor verdadeiro. A obra ganha vida com saltos e piruetas, em uma produção que vai além da tradição e leva o espectador a uma jornada esplendorosa.
“We Call It Ballet” recria “A Bela Adormecida”, é apresentado pela Fever e integra a agenda cultural do Teatro RioMar Recife. Os ingressos podem ser adquiridos no site da Fever: We call it ballet (https://feverup.com/m/259824).
Teatro
Celso Athayde exalta “Cinderela Negra” como símbolo de protagonismo e ancestralidade na ExpoFavela 2025
Espetáculo que reimagina o clássico conto de fadas com cultura afro-brasileira teve apresentação especial na Cidade das Artes
A Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, viveu um fim de semana daqueles que ficam na memória. No último domingo (26), a Expo Favela Innovation Rio 2025 chegou ao fim em clima de celebração, depois de dois dias em que arte, cultura e representatividade tomaram conta dos espaços. Entre as atrações que marcaram o evento, o musical infantil “Cinderela Negra” emocionou o público no Teatro de Favela, levando ao palco uma história de força, ancestralidade e encanto que fez muita gente se ver ali.
Foram dois dias intensos, de encontros e trocas que mostraram o poder criativo das favelas cariocas. Artistas, empreendedores e moradores de diferentes comunidades se misturaram em um mesmo propósito: mostrar que talento e cultura nascem em todos os cantos. “Cinderela Negra” completou essa atmosfera com delicadeza e potência, oferecendo a quem assistia a chance rara de se reconhecer em uma história contada com verdade e poesia.
Para Celso Athayde, criador da ExpoFavela e fundador da CUFA (Central Única das Favelas), a presença do espetáculo no evento representa muito mais do que entretenimento. “A Expo Favela Innovation é sobre protagonismo. E o teatro com a negritude no centro é exatamente isso: colocar nossas histórias, nossas dores e nossas potências sob os holofotes. A arte preta é, sim, inovação social e cultural”, destacou.
Uma Cinderela que se parece com a gente
“Em uma vila africana, Cinderela sonha com dias melhores enquanto enfrenta as dificuldades impostas por sua madrasta Mama e suas filhas Kalima e Luena. Sua vida muda ao conhecer o nobre Zulu, mas o caminho até a felicidade será repleto de desafios. Com a ajuda de seu amigo Bunga e a bênção da orixá Obá (que substitui a tradicional fada madrinha), ela embarca em uma jornada de superação, amor e autodescoberta”, diz a sinopse da trama.
O diferencial? Tudo embalado por uma trilha vibrante que mistura samba, afrobeat, forró, kuduro e marimba, fazendo o público vibrar do início ao fim. A atmosfera criada pela montagem transporta quem assiste para um universo onde a cultura negra é celebrada em cada detalhe, do figurino à música, da cenografia às performances dos atores.
Representatividade que transforma
Para o elenco, estar no palco da ExpoFavela teve um significado especial. Akin Garragar, que interpreta Zulu, não escondeu a emoção ao falar sobre a experiência. “Pra gente é gratificante ter essa oportunidade de estar trazendo essa história da Cinderela numa versão afro, digamos assim. Eu, por exemplo, na minha infância não tinha essa referência, principalmente nos contos de fadas. Hoje a gente tá trazendo a Cinderela Negra para crianças periféricas, negras, independente de periferia ou não, mas aqui hoje na Expo Favela, com esse intuito de também levar essa representatividade para as crianças negras, para elas poderem se sentir representadas mesmo”, compartilhou o ator.
Laryssa das Nupcias, a Cinderela do espetáculo, complementou falando sobre a importância de levar o espetáculo para diferentes públicos. “Atingir pessoas de todos os bairros do estado do Rio de Janeiro, acho que é muito importante, que às vezes a gente fica concentrado num lugar só, então acho que a Expo Favela, ela traz isso, né? Então, é gratificante estar aqui, eu tô muito feliz”, disse a atriz, visivelmente emocionada com a recepção calorosa do público.
Akin reforçou ainda a relevância do espaço. “É um palco importante, né? Então, pra gente também, do Cinderela Negra, estar aqui nesse palco é muito importante.”
A força de uma criação coletiva
Rô Sant’Anna, compositora, autora e diretora do espetáculo (que também interpreta a madrasta Mama), fez questão de destacar o trabalho em equipe que deu vida à montagem. “Eu sou compositora e autora e diretora do espetáculo Cinderela Negra, mas ninguém faz nada sozinho. Então eu tive uma equipe muito maravilhosa que me ajudou a colocar isso em pé. É um figurinista maravilhoso, é um preparador vocal, preparador corporal e isso que deu a essa peça essa grandeza. E também a gente trazer a cultura negra, a valorização da beleza da cultura negra para o espetáculo. Então a Cinderela Negra é necessária”, afirmou a diretora.
A palavra “necessária” resume bem o sentimento que ficou no ar após a apresentação. Num país onde crianças negras ainda precisam buscar referências que se pareçam com elas, ver uma princesa preta, numa história que valoriza a ancestralidade africana e afro-brasileira, é mais do que entretenimento. É um ato político de amor e resistência.
Arte e inovação juntas
A ExpoFavela Innovation Rio 2025 provou mais uma vez ser um espaço fundamental para dar visibilidade às produções culturais das periferias. Além das apresentações artísticas, o evento contou com debates sobre temas relevantes, como a mesa “Mídias alternativas: A importância das mídias independentes”, que abriu as atividades do domingo com Rene Silva, fundador do jornal Voz das Comunidades. Silva, que celebra 20 anos de trabalho, falando sobre a transformação digital do veículo e a importância de manter a versão impressa para alcançar moradores sem acesso à internet.
A presença de “Cinderela Negra” no Teatro de Favela mostrou que quando arte de qualidade encontra espaços democráticos, a magia acontece. Crianças, jovens e adultos saíram do espetáculo não apenas com o sorriso no rosto, mas com algo mais profundo: a certeza de que suas histórias importam, de que seus sonhos são válidos e de que a cultura negra merece estar nos holofotes, sempre.
Ficha Técnica do espetáculo
Elenco:
- Laryssa das Nupcias (Cinderela)
- Akin Garragar (Zulu)
- Isabele Brum (Obá)
- Rô Sant’Anna (Mama)
- Marcus Saúva (Bunga)
- Thalita Floriano (Kalima)
- Paloma de França (Luena)
Texto e direção: Rô Sant’Anna
Direção de ator: Carlos Neiva
Produção: Grupo TB Arte e Relax
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