Técnica tem ganhado espaço nos salões e nas rotinas de cuidados em casa, mas ainda é cercada de mitos. Segundo a cabeleireira Kelly Barbosa, fundadora do Studio Panther Black, o segredo está no equilíbrio do pH — e não na “mágica” do brilho imediato.
Nos últimos tempos, a acidificação capilar se tornou cada vez mais popular, especialmente entre pessoas com cabelos crespos, cacheados, descoloridos ou altamente porosos. Mas, apesar do crescimento da técnica nas redes sociais e nos salões, ainda há muita confusão sobre o que de fato ela faz. “A acidificação é muitas vezes confundida com um tratamento em si, quando na verdade ela prepara o fio para receber o tratamento de forma mais eficiente”, explica Kelly Barbosa.
Especialista em cabelos de curvatura e à frente do Studio Panther Black, Kelly defende que o processo tem um papel essencial no alinhamento da fibra capilar, reduzindo o embaraço e facilitando a absorção dos ativos de máscaras nutritivas ou reconstrutoras. “O acidificante equilibra o pH dos fios, especialmente daqueles que estão com as cutículas abertas devido à porosidade. Isso melhora a resposta dos cabelos aos tratamentos e prolonga os resultados”, afirma.
Um dos mitos mais comuns, segundo a cabeleireira, é acreditar que o acidificante sela as cutículas. “Somente processos químicos podem selar. A função aqui é alinhar a estrutura do fio e estabilizar o pH”, esclarece.
A técnica pode ser usada em todos os tipos de cabelo, mas deve seguir uma frequência adequada para evitar sobrecarga. “Nos cabelos extremamente ressecados e porosos, pode ser feita semanalmente. Já em cabelos apenas secos, o ideal é fazer a cada 15 dias, sempre seguida de uma boa máscara de nutrição”, recomenda Kelly.
A profissional também destaca que o procedimento é seguro no pós-química, e inclusive indicado para ajudar na recuperação da saúde dos fios. Porém, ela alerta: é importante usar produtos prontos e buscar orientação profissional. “A escolha do produto certo e o acompanhamento de um expert fazem toda a diferença no resultado. Cabelos com curvatura exigem cuidado especializado, e o uso incorreto do acidificante pode gerar o efeito rebote”, finaliza.
