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A Geração Z tem impulsionado um debate importante: a saúde mental não deve ser negociável no mercado de trabalho

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Por Daniel Vieira, Diretor de Pessoas e Cultura do AmorSaúde
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Por Daniel Vieira, Diretor de Pessoas e Cultura do AmorSaúde

 

56% dos profissionais brasileiros recusariam uma promoção para preservar o bem-estar e 87% se sentem sobrecarregados

A entrada da Geração Z no mercado de trabalho tem provocado uma transformação profunda na forma como as empresas lidam com saúde mental e bem-estar. Diferente de gerações anteriores, esses profissionais não só valorizam ambientes saudáveis, como exigem mudanças estruturais nas organizações. Um estudo global da consultoria Michael Page indicou que 56% dos trabalhadores brasileiros recusariam uma promoção para preservar o equilíbrio mental, e 87% afirmam se sentir sobrecarregados em suas funções diárias. Esses números refletem um alerta claro: a saúde mental precisa deixar de ser um tema secundário e se tornar um pilar central na cultura corporativa.

Essa discussão se torna ainda mais relevante no início do ano, um período que tradicionalmente traz prazos apertados, metas agressivas e cobranças intensas. Para muitos colaboradores, o começo do ano representa um acúmulo de pressões que desafiam, além da produtividade, também a saúde mental. Demandas desmedidas e a expectativa de alta performance podem gerar um efeito cascata de exaustão emocional, comprometendo o bem-estar de equipes inteiras.

No AmorSaúde, compreendemos que o sucesso da organização começa com as pessoas. Por isso, tratamos a saúde mental e o bem-estar como prioridades. Como reflexo disso, recebemos pelo terceiro ano consecutivo a certificação Great Place to Work (GPTW). Mas mais do que um reconhecimento, esse marco reflete a consolidação de uma cultura organizacional pautada no cuidado com nossos colaboradores, valorizando cada indivíduo como parte essencial das nossas ações.

Por aqui, escolhemos enxergar a certificação GPTW como uma ferramenta de mensuração do clima organizacional para aprimorar a gestão de Pessoas e Cultura, e não como um selo que sirva de vitrine para o mercado. Exemplo disso é que nosso CEO, Ícaro Vilar, orientou que retirássemos o selo da nossa fachada. Ficou claro: essa é uma conquista nossa, genuína e para os nossos colaboradores.

E entre as 175 empresas reconhecidas no ranking GPTW, nós nos destacamos ainda com índice de saúde mental e bem-estar acima da média. Esse resultado é fruto de ações concretas, como a criação de programas de apoio psicológico, treinamentos para lideranças empáticas e inclusivas, e a flexibilização de políticas de trabalho que respeitam as necessidades individuais. Não se trata apenas de oferecer benefícios, trata-se de construir um ambiente onde as pessoas se sintam seguras para expressar vulnerabilidades e encontrar apoio real.

Nossa área de Pessoas e Cultura desempenha um papel estratégico nesse processo, promovendo iniciativas que vão além do ambiente corporativo. Apostamos no desenvolvimento contínuo, com programas de capacitação que fortalecem competências emocionais, e ações voltadas para a diversidade e inclusão, reconhecendo que cada colaborador contribui com perspectivas únicas. Nosso modelo de gestão apoia, sim, o crescimento profissional, mas também fomenta o senso de pertencimento e comunidade, valores centrais para sustentar uma equipe engajada e resiliente.

A Geração Z, com sua postura firme e consciente, nos lembra diariamente de que a saúde mental não é um luxo, mas uma necessidade fundamental. Como diretor de Pessoas e Cultura do AmorSaúde, reafirmo nosso compromisso de construir um espaço onde o bem-estar não seja uma promessa, mas uma realidade vivenciada por todos.

Sabemos que colaboradores saudáveis e felizes são o motor de inovação e impacto positivo, tanto dentro da empresa quanto na sociedade. Estamos determinados a seguir liderando pelo exemplo, mostrando que é possível — e necessário — colocar as pessoas no centro de tudo. Afinal, cuidar do presente é a melhor forma de garantir um futuro sustentável para todos.

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