Em vistoria realizada, no dia 09/02, por enfermeiros fiscais da autarquia acompanhados da assessora de gestão do exercício profissional, Monique Martins, constatou-se o déficit de 7 enfermeiros e 39 técnicos de enfermagem na instituição. O hospital tem o prazo de 90 dias para regularizar a situação, sob pena de ajuizamento de ação civil pública em caso de descumprimento.
Ainda durante a vistoria, a fiscalização apurou que a distribuição de pacientes por alas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) não estava sendo realizada conforme o grau de complexidade. Sendo realizada orientação com o gerente de enfermagem e o coordenador da UTI sobre a necessidade de readequação.
Em relação ao Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), foram encontradas diversas irregularidades como inexistência de protetor facial (face shield), capas impermeáveis e óculos de proteção. A fiscalização apurou também que os profissionais estavam reutilizando luvas após o uso de álcool em gel, bem como estava sendo feita a reutilização de capas em diferentes pacientes. Inadequações de ordem sanitárias também foram evidenciadas como dispensadores de álcool em gel e sabonete líquido com defeito.
Outro fato apontado pela fiscalização foi a necessidade de mais treinamentos e capacitações para a equipe de Enfermagem sobre paramentação e desparamentação, utilização dos EPIs e registros de enfermagem, visto que o hospital possui uma alta rotatividade de profissionais e diversas inconformidades foram observadas durante a vistoria.
Na UTI, a fiscalização detectou a ausência de assinatura e uso do carimbo pelos profissionais. Além disso, observou-se a falta de segurança no sistema de informação adotado pelo hospital, já que é possível editar informações após o plantão realizado e a qualquer momento. No setor também foram encontradas rasuras e utilização de corretivo nos registros de enfermagem.
Ascom Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren-BA)
