Economia
4 benefícios dos apps para motoristas, além do retorno financeiro

Imagem: Pixabay
Com o crescimento das plataformas de mobilidade urbana, os profissionais que atuam nessas empresas têm se beneficiado de uma série de vantagens que vão além do retorno financeiro. Além de facilitar a geração de renda, essas empresas oferecem serviços que impactam diretamente a qualidade de vida e o bem-estar de seus parceiros, como acesso a programas de saúde, educação e suporte em tempo integral.
Um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificou 1,5 milhão de pessoas trabalhando por meio de aplicativos e plataformas digitais. Correspondendo a 1,7% da população ocupada no setor privado no Brasil (87,2 milhões).
Do total de trabalhadores por aplicativos ou plataformas digitais, excluídos os de táxi, 47,2% (ou 704 mil) exercem atividade no transporte de passageiros. Já 39,5% (ou 589 mil) atuavam na entrega de comida e de outras mercadorias.
Os dados indicam que as plataformas de mobilidade urbana desempenham um papel significativo na economia brasileira, empregando 1,5 milhão de pessoas e oferecendo benefícios como adaptabilidade e acesso à tecnologia, melhorando a qualidade de vida dos trabalhadores. No entanto, o que é possível observar hoje é que a flexibilidade se tornou um fator decisivo para os trabalhadores.
Trabalho flexível = mais liberdade e autonomia
A possibilidade de definir seus próprios horários permite que os profissionais conciliem outras atividades, como estudos ou compromissos familiares, o que é particularmente relevante em um cenário onde a busca por equilíbrio entre vida pessoal e profissional ganha cada vez mais destaque.
Rodrigo Lagoia é motorista do aplicativo Urbano Norte, há seis anos, e entrou na profissão em busca de uma renda extra. Há três anos ele deixou o antigo trabalho de lado e passou a se dedicar exclusivamente às corridas do aplicativo. Rodrigo conta que, inicialmente, começou trabalhando com empresas multinacionais, mas migrou para a Urbano Norte, e, atualmente, essa é a única plataforma que utiliza.
“Escolhi trabalhar apenas para a Urbano Norte porque meus ganhos são muito maiores que em qualquer empresa. Eu pago a mensalidade e não preciso mais me preocupar, já que os lucros são todos meus. Fora isso, eu posso ser atendido pessoalmente quando preciso resolver algo com a empresa”.
Para o condutor, uma das principais vantagens da profissão é a possibilidade de uma rotina flexível, e ganhos que dependem exclusivamente da autonomia que ele possui para fazer o seu próprio horário.
“Faço o meu horário, a minha folga, decido se quero folgar hoje, ou no fim de semana. Quando acordo indisposto, levo meu filho na escola e volto para casa e vou dormir. Eu não tenho essa questão de estar preso em horário, aí às vezes me dá vontade de trabalhar à noite, eu trabalho à noite. Essa flexibilização de horário é essencial. O motorista, quanto mais tempo a gente está na rua, mas a gente ganha. Hoje minha autonomia me permite estar com meu filho, aproveitar minha família”, compartilha.
Nem tudo são flores!
Os desafios ainda existem. A precariedade nas relações de trabalho e a falta de direitos trabalhistas formais são questões frequentemente levantadas por especialistas e entidades que defendem a regulamentação do setor. A ausência de garantias, como férias remuneradas, previdência e outros benefícios tradicionais, coloca os trabalhadores em uma posição vulnerável, especialmente em momentos de crise ou queda na demanda por serviços.
Para a Urbano Norte, um ponto que prejudica os condutores do estado é a PL12/2024 que quer regularizar motoristas de aplicativo e prevê uma remuneração mínima por hora trabalhada com valores muito aquém do necessário, dando margem para que as viagens possam ser cotadas a valores insuficientes para garantir a dignidade dos condutores.
“Estamos em busca de uma legislação que considere as especificidades dos inúmeros modelos de negócio existentes no Brasil. É necessário que o projeto garanta condições justas e sustentáveis para não prejudicar a livre escolha do motorista quanto a empresa que desejar prestar seu serviço”, declara o Diretor Estratégico da Urbano Norte, Pascoal Cahulla.
Vantagens dos aplicativos de mobilidade urbana para os trabalhadores
1) Cuidados com a saúde e suporte 24h – Algumas plataformas, como a Urbano Norte, tem se destacado ao fornecer aos motoristas acesso a clínicas médicas com atendimento ao cliente 24 horas por dia, todos os dias da semana. Esse tipo de benefício não apenas assegura que os profissionais tenham suporte a qualquer hora, mas também que sua saúde esteja em dia, uma preocupação essencial para quem passa longas horas ao volante.
2) Benefícios de desafios – Uma das maiores plataformas de mobilidade do mundo também oferece benefícios que vão além do lucro direto. Como a Uber Pro, os condutores que atingem determinadas metas de qualidade podem acessar recompensas como descontos em universidades parceiras e combustível. Além disso, a ferramenta oferece o TotalPass, um programa que garante descontos em academias espalhadas por todo o Brasil, promovendo o cuidado com a saúde física do colaborador.
3) Apoio à educação – A 99, outra grande empresa de mobilidade, tem investido no bem-estar e desenvolvimento dos seus motoristas. A plataforma oferece cursos gratuitos por meio da parceria com instituições de ensino, permitindo que os profissionais desenvolvam habilidades além do trabalho com a mobilidade. Isso é especialmente importante em um contexto onde a educação pode abrir novas portas e oportunidades.
4) Movimentos sociais – O app da InDrive destaca o compromisso da empresa com o impacto social positivo, evidenciado por suas iniciativas através do InVision, um programa que promove movimentos sociais e apoia projetos sem fins lucrativos ao redor do mundo. O aplicativo se dedica a impulsionar mudanças significativas nas comunidades em que opera, colaborando com organizações e iniciativas que buscam resolver desafios sociais e promover o bem-estar coletivo. Ao oferecer suporte a essas causas, a InDrive não apenas contribui para o desenvolvimento social, mas também demonstra um compromisso com a responsabilidade social corporativa, alinhando seus objetivos de negócios com a criação de um impacto positivo e duradouro nas comunidades globais.
O futuro da mobilidade
À medida que o setor de mobilidade urbana continua a crescer, espera-se que cada vez mais empresas sigam o exemplo dessas plataformas ao oferecer benefícios que valorizam não apenas o trabalho, mas também a saúde e o desenvolvimento pessoal de seus motoristas. Isso reflete a tendência global de empresas que compreendem a importância de apoiar seus parceiros de forma holística, reconhecendo que o bem-estar deles impacta diretamente a qualidade do serviço oferecido aos usuários.
Economia
Receita exige CPF de cotistas em fundos de investimento a partir de 2026
A Receita Federal tornará obrigatória, a partir de 1º de janeiro de 2026, a identificação por CPF de todos os cotistas finais de fundos de investimento — medida voltada ao combate à lavagem de dinheiro, pirâmides financeiras e ocultação de patrimônio.
Destaques:
- O que muda com a nova regra da Receita Federal
- Como funcionará o formulário digital de beneficiários finais
- Quem está obrigado — e quem está isento
- Impacto na fiscalização e lições da Operação Carbono Oculto
A partir de 1º de janeiro de 2026, o anonimato em fundos de investimento chega ao fim. A Receita Federal publicou nesta sexta-feira (31) uma instrução normativa que obriga administradores a informar o CPF dos cotistas finais — ou seja, das pessoas físicas que efetivamente detêm, controlam ou se beneficiam dos investimentos.
A medida, anunciada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad, visa aumentar a transparência do sistema financeiro e dificultar o uso de estruturas complexas para esconder origens ilícitas de recursos. “Agora, todos os fundos vão ser obrigados a dizer até o CPF. Se for um esquema de pirâmide, você vai ter que chegar no CPF da pessoa”, afirmou Haddad em entrevista coletiva em São Paulo.
Ferramenta digital centraliza dados
Para cumprir a nova exigência, será implantado o Formulário Digital de Beneficiários Finais (e-BEF) — uma plataforma eletrônica em que instituições financeiras e administradores de fundos deverão registrar os dados dos verdadeiros titulares dos ativos. O formulário poderá ser pré-preenchido com informações já existentes na base da Receita, facilitando a adesão.
As informações coletadas serão integradas ao Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e cruzadas com outras bases públicas, como as do Banco Central e do Coaf, ampliando o poder de fiscalização. A Receita também passará a receber mensalmente os relatórios 5.401 e 5.402, que detalham cotistas, patrimônio líquido e número de cotas — dados antes restritos ao BC.
Quem precisa cumprir — e quem não precisa
A obrigatoriedade atinge sociedades civis e comerciais, associações, cooperativas, fundações inscritas no CNPJ, além de fundos de investimento no Brasil e no exterior que operem no país. Entidades estrangeiras sem influência significativa em empresas nacionais também deverão declarar seus beneficiários.
Estão isentos:
- Empresas públicas e sociedades de economia mista
- Companhias abertas e suas controladas
- Microempreendedores individuais (MEIs)
- Sociedades unipessoais
O prazo para adequação é de 30 dias após a entrada em vigor da regra para cada grupo. Quem descumprir pode ter o CNPJ suspenso, contas bancárias bloqueadas e sofrer multas.
Lições do combate ao crime financeiro
A iniciativa nasce diretamente das investigações da Operação Carbono Oculto, deflagrada em 2025 na Avenida Faria Lima (SP), que apurou lavagem de dinheiro por meio de fundos exclusivos. “Pessoas que fazem as coisas licitamente acabam se misturando com pessoas que têm fachada bonita, mas por trás há crime organizado da pesada”, alertou Haddad.
O ministro reforçou que a medida faz parte de um esforço mais amplo contra a sonegação fiscal e o capital ilícito, que também inclui o combate a criptoativos não declarados e fundos offshore. “Estamos combatendo isso desde que chegamos, dando transparência, cobrando imposto e fazendo a pessoa colocar o CPF para sabermos quem é”, disse.
Com essa mudança, o Brasil alinha-se a padrões internacionais de conformidade tributária e combate ao financiamento do crime — e, diga-se, dá um passo decisivo para separar o trigo do joio no mundo dos investimentos. Afinal, transparência não é burocracia: é proteção ao cidadão honesto.
Economia
Novo limite para saque-aniversário do FGTS entra em vigor
Trabalhadores terão limites de valor e prazo para antecipar parcelas; governo visa proteger poupança em caso de demissão e preservar fundo para habitação.
Destaque:
· Limites de valor e número de parcelas
· Objetivo: proteger trabalhador e recursos do FGTS
· Como fica a adesão e a antecipação
As regras mais restritivas para o saque-aniversário do FGTS entram em vigor a partir deste sábado (1º). A mudança, aprovada pelo Conselho Curador do FGTS e implementada pela Caixa, estabelece um teto para antecipações — com impacto direto para os 21,5 milhões de trabalhadores (51% das contas ativas) que já aderiram à modalidade.
A principal novidade são os limites contratuais. Agora, cada parcela antecipada deve ficar entre R$ 100 e R$ 500. No primeiro ano, é possível antecipar até cinco parcelas (R$ 2,5 mil no total). A partir de 2026, o máximo cairá para três parcelas anuais (R$ 1.500). Além disso, o trabalhador terá de esperar 90 dias após a adesão para solicitar o empréstimo e só poderá fazer uma operação por ano.
O governo justifica a medida como uma proteção ao trabalhador. A antiga flexibilidade, sem limites, levava muitos a comprometerem todo seu saldo futuro. Em caso de demissão, ficavam sem o amparo do FGTS — que continuava bloqueado como garantia para o banco. “O trabalhador, ao ser demitido, muitas vezes se vê sem recursos”, explicou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
A medida, diga-se, também busca blindar os cofres do FGTS. O fundo, que movimentou R$ 52,3 bilhões em financiamentos habitacionais no primeiro semestre, via sua capacidade de investimento ameaçada pelo volume de antecipações. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a classificar a prática anterior como “uma das maiores injustiças contra o trabalhador”.
Para o segurado, a recomendação é reavaliar a adesão. A opção pelo saque-aniversário — feita via aplicativo ou agências da Caixa — significa abrir mão do saque integral na demissão sem justa causa, mantendo apenas o direito à multa rescisória. Com as novas regras, a antecipação deixa de ser uma fonte ilimitada de crédito para se tornar uma opção pontual e controlada.
Economia
Bolsa tem 5º recorde seguido e se aproxima dos 150 mil pontos
O Ibovespa registrou seu quinto recorde histórico consecutivo nesta sexta-feira (31), fechando a 0,51% acima do pregão anterior, aos 149.540 pontos. O otimismo no mercado de ações, que já dura oito pregões, foi impulsionado por uma conjuntura positiva: a entrada robusta de capitais estrangeiros e dados recentes do mercado de trabalho.
Do outro lado, o dólar comercial encerrou o dia praticamente estável, cotado a R$ 5,38. A moeda, no entanto, teve um mês de outubro positivo, acumulando alta de 1,08%. No ano, a divisa mantém uma trajetória de forte queda: 12,94% de desvalorização em 2025, o melhor desempenho entre as moedas latino-americanas.
Cenário externo e interno impulsionam bolsa
Dois fatores centrais explicam o bom humor dos investidores. No plano internacional, o alívio nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China — com um acordo sobre terras raras — aumentou o apetite por ativos de países emergentes, como o Brasil.
Internamente, a publicação da PNAD Contínua pelo IBGE mostrou que a taxa de desocupação se manteve em seu menor patamar histórico, de 5,6%. Esse cenário, diga-se, reduz a probabilidade de o Banco Central (BC) adiar o início do ciclo de cortes da Taxa Selic, o que beneficia investimentos de maior risco, como as ações.
A dinâmica do câmbio e os próximos passos
O mercado de câmbio viveu um dia de volatilidade, com o dólar oscilando entre R$ 5,40 e R$ 5,37 antes de encerrar estável. A pressão veio do último dia útil do mês, utilizado para o fechamento da Taxa Ptax, que corrige dívidas públicas atreladas ao câmbio. No entanto, a entrada de recursos externos durante a tarde ajudou a equilibrar a balança.
Com a série de recordes, a bolsa acumula ganhos de 2,26% em outubro e avança expressivos 24,32% no ano. A pergunta que fica no ar é se o Ibovespa terá fôlego para romper a barreira psicológica dos 150 mil pontos na próxima semana, um patamar que reflete não apenas o capital estrangeiro, mas uma cautelosa esperança na economia doméstica.
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